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01/07/2003 - 21h49

Seis soldados americanos são feridos em ataques no Iraque

da Folha Online

Seis soldados americanos foram feridos no Iraque hoje e um grupo de senadores dos EUA que visita o país disse que pode haver mais ataques contra as tropas da coalizão depois de uma explosão em uma mesquita ampliou as tensões no país contra as forças ocupantes.

Em Bagdá, três soldados dos EUA foram atingidos na explosão de um artefato próximo do veículo em que transitavam, perto da Universidade al Mustansiriyah, segundo um porta-voz militar. O intérprete iraquiano que estava com eles está desaparecido.

Testemunhas afirmaram ter visto as tropas carregando quatro pessoas que, aparentemente, foram feridas gravemente no incidente.

Um veículo americano e um carro iraquiano foram vistos queimando, logo após a explosão, no centro de Bagdá, segundo a agência Reuters.

A causa da explosão ainda é incerta, mas um porta-voz americano informou que um artefato caseiro explodiu. Algumas testemunhas afirmam que o carro iraquiano teria explodido, enquanto outras pessoas próximas ao local disseram que uma granada foi a causa.

''Essas explosões são uma mensagem aos americanos porque eles não fizeram nada pelo povo iraquiano. Ocorrerão mais e mais explosões'', disse Mohammad Owdeh, um morador local.

Dois soldados em um comboio também foram feridos por uma granada lançada próximo do aeroporto de Bagdá, de acordo com informações militares. Outro ataque com granada atingiu um sexto soldado na cidade de Samarra.

Mais vítimas

Ataques das forças da coalizão anglo-americana já mataram pelo menos 22 americanos e seis soldados britânicos desde 1º de maio, quando o presidente George W. Bush anunciou o fim das principais operações militares no Iraque.

''A guerra continua, os riscos ainda estão aí e ainda pode haver vítimas'', disse o senador republicano John Warner (Virgínia).

Uma delegação de nove senadores americanos, integrada por quatro republicanos e cinco democratas, foi a Bagdá para testemunhar a situação de reconstrução do país. Os parlamentares reuniram-se com o administrador americano no Iraque, Paul Bremer, e com altos oficiais da coalizão.

Desconfiança

Em Fallujah, uma cidade sunita próximo de Bagdá onde americanos e iraquianos entraram em atritos anteriormente, um comandante dos EUA negou que as tropas da coalizão tenham sido responsáveis por uma explosão em uma mesquita que moradores alegam ter matado nove pessoas, incluindo um líder religioso.

A causa da explosão em Fallujah, 50 km a oeste da capital, ainda é desconhecida.

Vários habitantes de Fallujah se reuniram hoje de manhã na mesquita para avaliar os danos, expressando abertamente sua revolta com as forças americanas, às quais acusam de ter atacado o templo de culto muçulmano.

''A resistência começará a partir desta mesquita'', gritou um dos moradores da cidade, sendo ovacionado.

''Fazer da mesquita um alvo é uma provocação para todos os muçulmanos'', declarou um funcionário do santuário, o xeque Ahmad Al Janabi.

''Se as mesquitas são atacadas, o que dirá as pessoas? O que podemos esperar dos americanos? Simplesmente faremos represálias'', afirmou.

Bremer acusou hoje grupos profissionais ligados à antiga estrutura do regime de Saddam Hussein pelos ataques às tropas contra americanos e britânicos.

''Esses indivíduos remanescentes, que negam a adaptar-se ao novo Iraque, estão ficando cada vez mais desesperados'', disse Bremer. ''Eles estão desviando o resto da população.''

Com agências internacionais

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