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04/07/2003 - 17h19

No Dia da Independência, Bush busca apoio para ocupação do Iraque

OLIVER KNOX
da France Presse, em Dayton (EUA)

O presidente americano, George W. Bush, aproveitou o Dia da Independência dos Estados Unidos para tentar consolidar o apoio da opinião pública às campanhas militares no Iraque e Afeganistão, num momento em que considera a possibilidade de enviar tropas para a Libéria.

"Sem o compromisso ativo dos Estados Unidos no mundo, não existirão obstáculos para as ambições dos tiranos e milhões de pessoas ficarão à mercê dos terroristas. Graças a esse compromisso ativo, os tiranos têm medo e os terroristas estão fugindo", disse o presidente americano.

Reuters - 03.jan.2003
O presidente dos EUA, George W. Bush
O discurso no museu da Força Aérea dos Estados Unidos contou com a presença de quase 25 mil pessoas, que aplaudiam e exibiam bandeiras de diversos tamanhos. Bush usava uma gravata vermelha e uma camisa azul.

"Devemos agradecer a unidade de nosso país e nos preparar para os enormes desafios. Agradecer a renovação do patriotismo que a adversidade nos trouxe e o valor que temos visto naqueles que defendem os Estados Unidos", disse.

Falando de um estrado decorado com as cores dos Estados Unidos e com bandeiras enormes, Bush não fez nenhuma referência sobre a possível decisão de enviar forças de paz para a Libéria, para a garantir um cessar-fogo.

"Hoje, todos aqueles que vivem sob a tirania e que desejam a liberdade depositam suas esperanças nos Estados Unidos da América", disse.

"Doutrina preventiva"

Bush também citou a vitória militar sobre o regime iraquiano de Saddam Hussein e destacou a "doutrina preventiva" adotada depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra Washington e Nova York.

"Ao matar americanos inocentes, nossos inimigos deixaram claras suas intenções. E, desde este dia de setembro nós também deixamos claras nossas intenções em relação a eles", disse, em meio aos aplausos da multidão.

"Os Estados Unidos não ficarão sentados, esperando outro ataque, nem acreditarão nas boas intenções ou na moderação de pessoas malvadas", disse. "Vamos agir quando for necessário para proteger as vidas e as liberdades do povo americano", acrescentou.

O presidente americano fez o discurso horas depois da morte de um soldado americano, baleado, no Iraque. Outros 19 oficiais ficaram feridos na noite de ontem em dois ataques, um em Bagdá e outro ao noroeste da capital, segundo dois porta-vozes do Exército americano.

Este foi o 26º soldado americano morto em ataques desde o dia 1º de maio, segundo um balanço do Pentágono.

Pesquisas

As pesquisas mais recentes mostram uma queda tanto no apoio à guerra no Iraque como à ocupação do país, que até o momento causaram a morte de pelo menos 67 soldados americanos.

No dia 4 de julho, os americanos comemoram a assinatura da Declaração da Independência do Reino Unido em 1776.

Bush pretende voltar ainda hoje para a Casa Branca para observar os tradicionais fogos de artifício do Dia da Independência, que reúnem milhares de pessoas nas ruas, e para se preparar para seu aniversário de 57 anos no domingo (6).

Bush também visitou Dayton para celebrar o centenário do primeiro vôo dos irmãos Orville e Wilbur Wright, que os americanos consideram os pais da aviação.
"Me pergunto o que teriam pensado Wilbur e Orville se tivessem visto essa máquina voadora na qual cheguei hoje", disse o presidente, em referência ao avião presidencial Air Force One.

Bush também homenageou os quase 23 mil militares e civis que trabalham na base aérea de Wright-Patterson, afirmando que eles foram "cruciais para as vitórias no Afeganistão e Iraque".

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