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09/07/2003
-
12h59
A Casa Branca decidiu fornecer ajuda financeira direta à Autoridade Nacional Palestina (ANP) para projetos de serviço social, disseram ontem o governo do presidente norte-americano, George W.Bush, e autoridades do Congresso, segundo o jornal "The Washington Post". Se isso ocorrer, será a primeira vez, desde o estabelecimento da ANP, em 1994, que os EUA darão ajuda direta aos palestinos.
"Os fundos serão utilizados com fins humanitários, para aliviar o sofrimento e melhorar a economia palestina", disse o porta-voz presidencial de Segurança Nacional, Michael Anton. Segundo o porta-voz, há um grande apoio no Congresso para a iniciativa, que ainda precisa ser aprovada.
No passado, administrações sucessivas e restrições no Congresso limitaram ajuda aos palestinos a canais indiretos, como a ONU (Organização das Nações Unidas) e organizações não-governamentais. Bush vai alegar que houve concessões por parte do Congresso, disseram autoridades.
A decisão marca uma mudança importante na política dos EUA dirigida a fortalecer a autoridade do primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas (conhecido também como Abu Mazen) e oferecer um contrapeso aos serviços fornecidos por organizações extremistas palestinas como o Hamas.
A medida demonostra um aprofundamento do compromisso do governo norte-americano com o plano de paz para o Oriente Médio, lançado por EUA, UE (União Européia), ONU e Rússia no mês passado, e um maior investimento em Mazen.
Mas a ação do governo Bush ocorre em meio ao aumento da tensão na liderança palestina, que ameaça minar o processo de paz. Mazen ameaçou ontem renunciar ao comitê central do Fatah, movimento político do líder da ANP, Iasser Arafat, devido a discordâncias sobre as relações com Israel.
Trégua
Na segunda-feira (7), uma facção local do grupo radical palestino Jihad Islâmico reivindicou um atentado que matou uma israelense. O grupo concordou, no dia 29 de junho, com um cessar-fogo de três meses, e disse ontem que a trégua continua em vigor, apesar do ataque.
O chefe do Hamas, xeque Ahmad Yassin, reafirmou hoje seu compromisso com o cessar-fogo com Israel, apesar das violações cometidas por células locais da organização, mas afirmou que sua "paciência tem limite".
Yassin declarou que a falta de vontade de Israel de libertar milhares de prisioneiros palestinos poderia minar a trégua, considerada uma importante medida para o novo plano internacional de paz entre palestinos e israelenses.
Ameaça
Mazen ameça renunciar ao cargo se o seu grupo político não adotar uma nova postura sobre os diálogos mantidos com israelenses na implementação do plano internacional de paz, informaram autoridades palestinas.
A primeira consequência disso foi o adiamento de uma reunião que Mazen faria hoje com o premiê de Israel, Ariel Sharon. O encontro foi cancelado ontem em meio ao aumento na tensão interna que atinge ANP e o Fatah.
Mazen apresentou sua renúncia ontem do Comitê Central do Fatah, de acordo com Hakam Balaawi, autoridade do movimento político. O Fatah, no entanto, recusou-se a aceitar a decisão do premiê palestino.
Um dos principais motivos de divergência entre Mazen e o Fatah é a questão da libertação de prisioneiros palestinos mantidos por Israel. Dentre os mais de 7.000 detidos, o governo israelense prevê apenas a libertação de 300 a 400, dentro das medidas de implantação do novo plano internacional de paz, que prevê a criação de um Estado palestino até 2005.
UE
A UE anunciou ontem que destinará mais 10 milhões de euros (R$ 32,6 milhões, aproximadamente) como ajuda humanitária às "vítimas da crise nos territórios palestinos e aos refugiados da região no Líbano".
Nos territórios predominantemente palestinos, 6,5 milhões de euros (R$ 21,2 milhões, aproximadamente) servirão para financiar uma ajuda humanitária emergencial e "melhorar o acesso aos reservatórios de água e às instalações sanitárias", segundo comunicado da UE.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre o conflito no Oriente Médio
EUA planejam fornecer ajuda direta de US$ 20 mi a palestinos
da Folha OnlineA Casa Branca decidiu fornecer ajuda financeira direta à Autoridade Nacional Palestina (ANP) para projetos de serviço social, disseram ontem o governo do presidente norte-americano, George W.Bush, e autoridades do Congresso, segundo o jornal "The Washington Post". Se isso ocorrer, será a primeira vez, desde o estabelecimento da ANP, em 1994, que os EUA darão ajuda direta aos palestinos.
"Os fundos serão utilizados com fins humanitários, para aliviar o sofrimento e melhorar a economia palestina", disse o porta-voz presidencial de Segurança Nacional, Michael Anton. Segundo o porta-voz, há um grande apoio no Congresso para a iniciativa, que ainda precisa ser aprovada.
No passado, administrações sucessivas e restrições no Congresso limitaram ajuda aos palestinos a canais indiretos, como a ONU (Organização das Nações Unidas) e organizações não-governamentais. Bush vai alegar que houve concessões por parte do Congresso, disseram autoridades.
A decisão marca uma mudança importante na política dos EUA dirigida a fortalecer a autoridade do primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas (conhecido também como Abu Mazen) e oferecer um contrapeso aos serviços fornecidos por organizações extremistas palestinas como o Hamas.
A medida demonostra um aprofundamento do compromisso do governo norte-americano com o plano de paz para o Oriente Médio, lançado por EUA, UE (União Européia), ONU e Rússia no mês passado, e um maior investimento em Mazen.
Mas a ação do governo Bush ocorre em meio ao aumento da tensão na liderança palestina, que ameaça minar o processo de paz. Mazen ameaçou ontem renunciar ao comitê central do Fatah, movimento político do líder da ANP, Iasser Arafat, devido a discordâncias sobre as relações com Israel.
Trégua
Na segunda-feira (7), uma facção local do grupo radical palestino Jihad Islâmico reivindicou um atentado que matou uma israelense. O grupo concordou, no dia 29 de junho, com um cessar-fogo de três meses, e disse ontem que a trégua continua em vigor, apesar do ataque.
Reuters - 13.jan.2003 |
Ahmad Yassin (dir.), 66, líder espiritual do Hamas |
Yassin declarou que a falta de vontade de Israel de libertar milhares de prisioneiros palestinos poderia minar a trégua, considerada uma importante medida para o novo plano internacional de paz entre palestinos e israelenses.
Ameaça
Mazen ameça renunciar ao cargo se o seu grupo político não adotar uma nova postura sobre os diálogos mantidos com israelenses na implementação do plano internacional de paz, informaram autoridades palestinas.
A primeira consequência disso foi o adiamento de uma reunião que Mazen faria hoje com o premiê de Israel, Ariel Sharon. O encontro foi cancelado ontem em meio ao aumento na tensão interna que atinge ANP e o Fatah.
Mazen apresentou sua renúncia ontem do Comitê Central do Fatah, de acordo com Hakam Balaawi, autoridade do movimento político. O Fatah, no entanto, recusou-se a aceitar a decisão do premiê palestino.
Um dos principais motivos de divergência entre Mazen e o Fatah é a questão da libertação de prisioneiros palestinos mantidos por Israel. Dentre os mais de 7.000 detidos, o governo israelense prevê apenas a libertação de 300 a 400, dentro das medidas de implantação do novo plano internacional de paz, que prevê a criação de um Estado palestino até 2005.
UE
A UE anunciou ontem que destinará mais 10 milhões de euros (R$ 32,6 milhões, aproximadamente) como ajuda humanitária às "vítimas da crise nos territórios palestinos e aos refugiados da região no Líbano".
Nos territórios predominantemente palestinos, 6,5 milhões de euros (R$ 21,2 milhões, aproximadamente) servirão para financiar uma ajuda humanitária emergencial e "melhorar o acesso aos reservatórios de água e às instalações sanitárias", segundo comunicado da UE.
Com agências internacionais
Especial
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