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11/07/2003
-
03h42
Uma bomba explodiu ontem no centro de Moscou, matando um agente federal de segurança --que tentava desativá-la. O ataque, segundo autoridades russas, teve ligação com o recente atentado suicida ocorrido num festival de música realizado num subúrbio da capital russa e foi orquestrado por um grupo que vem treinando terroristas suicidas.
Moscou está em estado de alerta desde sábado, quando duas terroristas suicidas detonaram explosivos que portavam e mataram 14 pessoas na entrada de um grande festival de rock. As duas terroristas também morreram na ação.
A explosão de ontem voltou a alimentar o temor de que o conflito entre a Rússia e os tchetchenos esteja chegando à ruas das grandes cidades do país.
"Temos informações que, em breve, permitirão que cacemos o grupo que treina mulheres suicidas e as manda para várias regiões da Rússia", declarou Boris Gryzlov, ministro do Interior da Rússia. Ele ligou o ataque de ontem ao do último sábado.
"Logicamente, ligamos os dois atos de terrorismo porque é absolutamente óbvio que esse grupo de terroristas responde a líderes comuns", afirmou Gryzlov.
A mídia russa deu um apelido às mulheres suicidas tchetchenas, que fizeram sua primeira aparição durante a tomada de centenas de reféns num teatro de Moscou, em outubro passado. Para a mídia, elas são as "viúvas negras", pois estariam vingando a morte de seus maridos. Estes teriam sido mortos pelas tropas russas.
Os ataques recentes foram um duro golpe nos planos do presidente Vladimir Putin de pôr fim a quase uma década de combates na república separatista da Tchetchênia. Moscou diz que a paz está retornando à região, mas, recentemente, o líder rebelde Shamil Basayev ameaçou levar sua luta além das fronteiras tchetchenas.
Ademais, o clima de insegurança já começa a preocupar a população das grandes cidades russas, sobretudo Moscou. Na mídia russa, a crise começa a ser comparada ao conflito israelo-palestino por conta dos atentados suicidas.
Segundo a polícia moscovita, uma mulher, supostamente tchetchena, levou uma bomba numa sacola a um restaurante movimentado da capital e ameaçou detoná-la ao ser impedida de entrar no local. A mulher deixou, então, o pacote no chão e tentou fugir, mas foi capturada pela polícia.
Policiais tentaram detonar a bomba por meio de um controle remoto, mas ela não explodiu. O major Georgy Trofimov foi chamado para desativar a bomba, mas ela explodiu e o matou. Trofimov tinha ajudado a desativar uma bomba no festival de rock do último sábado.
Segundo a agência Itar-Tass, a terrorista se chama Zarima Muzhikhoyeva, 22. A agência disse ainda que o marido dela foi morto em combates na Tchetchênia. A casa do casal teria sido destruída durante o primeiro conflito na Tchetchênia (1994 a 1996).
A Comissão Européia para a Prevenção da Tortura, que pertence ao Conselho da Europa, um dos maiores grupos de defesa dos direitos humanos do planeta, acusou ontem Moscou de não agir de forma clara para esclarecer relatos de que suas tropas têm torturado rebeldes tchetchenos.
"Há tortura e outras formas de maus-tratos sendo usadas por membros das forças de segurança russas que operam na Tchetchênia", disse o grupo, que tinha feito acusação semelhante em 2001.
Com agências internacionais
Especial
Saiba mais sobre o conflito Rússia-Tchetchênia
Onda de atentados gera medo em Moscou
da Folha de S.PauloUma bomba explodiu ontem no centro de Moscou, matando um agente federal de segurança --que tentava desativá-la. O ataque, segundo autoridades russas, teve ligação com o recente atentado suicida ocorrido num festival de música realizado num subúrbio da capital russa e foi orquestrado por um grupo que vem treinando terroristas suicidas.
Moscou está em estado de alerta desde sábado, quando duas terroristas suicidas detonaram explosivos que portavam e mataram 14 pessoas na entrada de um grande festival de rock. As duas terroristas também morreram na ação.
A explosão de ontem voltou a alimentar o temor de que o conflito entre a Rússia e os tchetchenos esteja chegando à ruas das grandes cidades do país.
"Temos informações que, em breve, permitirão que cacemos o grupo que treina mulheres suicidas e as manda para várias regiões da Rússia", declarou Boris Gryzlov, ministro do Interior da Rússia. Ele ligou o ataque de ontem ao do último sábado.
"Logicamente, ligamos os dois atos de terrorismo porque é absolutamente óbvio que esse grupo de terroristas responde a líderes comuns", afirmou Gryzlov.
A mídia russa deu um apelido às mulheres suicidas tchetchenas, que fizeram sua primeira aparição durante a tomada de centenas de reféns num teatro de Moscou, em outubro passado. Para a mídia, elas são as "viúvas negras", pois estariam vingando a morte de seus maridos. Estes teriam sido mortos pelas tropas russas.
Os ataques recentes foram um duro golpe nos planos do presidente Vladimir Putin de pôr fim a quase uma década de combates na república separatista da Tchetchênia. Moscou diz que a paz está retornando à região, mas, recentemente, o líder rebelde Shamil Basayev ameaçou levar sua luta além das fronteiras tchetchenas.
Ademais, o clima de insegurança já começa a preocupar a população das grandes cidades russas, sobretudo Moscou. Na mídia russa, a crise começa a ser comparada ao conflito israelo-palestino por conta dos atentados suicidas.
Segundo a polícia moscovita, uma mulher, supostamente tchetchena, levou uma bomba numa sacola a um restaurante movimentado da capital e ameaçou detoná-la ao ser impedida de entrar no local. A mulher deixou, então, o pacote no chão e tentou fugir, mas foi capturada pela polícia.
Policiais tentaram detonar a bomba por meio de um controle remoto, mas ela não explodiu. O major Georgy Trofimov foi chamado para desativar a bomba, mas ela explodiu e o matou. Trofimov tinha ajudado a desativar uma bomba no festival de rock do último sábado.
Segundo a agência Itar-Tass, a terrorista se chama Zarima Muzhikhoyeva, 22. A agência disse ainda que o marido dela foi morto em combates na Tchetchênia. A casa do casal teria sido destruída durante o primeiro conflito na Tchetchênia (1994 a 1996).
A Comissão Européia para a Prevenção da Tortura, que pertence ao Conselho da Europa, um dos maiores grupos de defesa dos direitos humanos do planeta, acusou ontem Moscou de não agir de forma clara para esclarecer relatos de que suas tropas têm torturado rebeldes tchetchenos.
"Há tortura e outras formas de maus-tratos sendo usadas por membros das forças de segurança russas que operam na Tchetchênia", disse o grupo, que tinha feito acusação semelhante em 2001.
Com agências internacionais
Especial
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