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14/07/2003 - 10h54

Maioria dos britânicos perdeu confiança em Blair, diz pesquisa

da Folha Online

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, perdeu a confiança da população do Reino Unido devido a sua atitude quanto à Guerra no Iraque, informa uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal britânico "Daily Mirror".

Segundo a pesquisa, do instituto ICM, dois terços dos eleitores britânicos acham que o premiê lhes forneceu informações falsas sobre o conflito. Blair é acusado de ter exagerado dados sobre as supostas armas de destruição em massa do Iraque para justificar a ação militar, liderada por EUA e Reino Unido. Quase três meses após a queda do presidente Saddam Hussein, nenhum indício de armas de destruição em massa foi encontrado no país.

Reuters - 24.02.2003
Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido
Mais de um a cada três eleitores --35%-- dizem que sua confiança em Blair diminuiu por causa da guerra. Até 11% dos eleitores do Partido Trabalhista, de Blair, disseram acreditar que o premiê os enganou --porcentagem suficiente para tirar a maioria do partido no Parlamento nas próximas eleições.

Segundo a pesquisa, 29% dos eleitores dizem que Blair não enganou o país com relação ao Iraque. Para 27%, Blair forneceu informações erradas conscientemente. Outros 39% disseram achar que a intenção do premiê não era mentir à população, mas ele mentiu.

A maioria dos eleitores também não está satisfeita com os serviços de segurança, diz a pesquisa. Para 29% o serviço é ruim, 18% acham que é muito ruim e 37% disseram que era bom. Apenas 6% disseram ser muito bom.

Hoje, o governo britânico voltou a acusar o Iraque de ter tentado comprar urânio de Níger, acusação que os Estados Unidos já retiraram. Na semana passada, a Casa Branca admitiu que a informação se baseava em documentos falsos, o que provocou grande constrangimento para o presidente George W. Bush, que usou a acusação em seu discurso anual do Estado da Nação, em janeiro.

A suspeita constava em um dossiê publicado em setembro de 2002 pelo Reino Unido, a partir de informações secretas recebidas de um terceiro país, de acordo com o chanceler Jack Straw.

"Essa informação, na qual confiamos, era completamente independente dos agora notórios documentos falsos; ela veio de fontes de inteligência estrangeiras", disse Straw à rede BBC. "Acreditamos na veracidade das informações".

O ICM entrevistou 1.012 adultos de 10 a 12 de julho.

Com agências internacionais

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