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15/07/2003 - 16h14

Jornalista é detido no Irã acusado de propaganda contra o regime

da Agência Lusa, em Teerã

Um jornalista reformista iraniano, Issa Saharkhiz, foi detido hoje sob a acusação de ''propaganda contra o regime'', elevando para cinco o número de jornalistas presos desde sábado (12), informou um dos seus colegas.

As acusações incidem sobre um artigo publicado há quase um ano no periódico ''Aftab'', segundo Shams al Waaizin, colega de Saharkhiz e, como ele, membro do Centro Iraniano para a Proteção de Jornalistas.

A caução foi fixada em US$ 18,5 mil, acrescentou Waaizin, dizendo que o jornalista detido não possui tal quantia. Waaizin advertiu ainda que o Centro poderá apelar a uma greve de um dia dos jornalistas.

''Advertimos [o presidente Mohammad] Khatami de que a segurança dos jornalistas está seriamente comprometida'', disse.

Saharkhiz é igualmente membro da Comissão de Observação da Imprensa, ligada ao Ministério da Cultura e da Orientação Islâmica.

No sábado, três jornalistas --Hossein Bastani, Vahid Ostad Pur e Chahram Mohamadi-Nia-- foram detidos e, ontem foi a vez de Iraj Rasteghar. A nova detenção eleva para 23 o número de jornalistas atualmente na prisão no Irã.

Desde 2000, a Justiça suspendeu quase 100 jornais, na maioria reformistas.

Jornalista canadense

Um médico legista iraniano terminou a autópsia da fotógrafa canadense de origem iraniana Zahra Kazemi, que morreu no Irã após ter sido detida, e enviou os resultados a uma comissão de inquérito, noticiou hoje a agência oficial Irna.

Esta comissão ordenou que o cadáver só poderá ser enterrado depois do final do inquérito, segundo a Irna, que não esclarece qualquer informação sobre os resultados da autópsia.

Reuters - 8.ago.2001
Mohamad Khatami, presidente do Irã
''Após o pedido de uma investigação rápida por parte do presidente, Mohammad Khatani, foi efetuada uma autópsia e a causa da morte de Zahra Kazemi foi comunicada oficialmente ao governo e ao juiz encarregado da investigação'', segundo uma fonte do consultório do médico legista.

''Apesar de a mãe de Zahra Kazemi ter pedido ao médico legista para permitir o enterro, a comissão especial criada pelo presidente indicou que uma tal autorização só será concedida no final do inquérito e após o anúncio oficial da causa da morte'', noticiou a Irna citando uma fonte oficial.

Segundo o governo de Otava, a mãe de Zahra Kazemi, que vive no Irã, concordou que ela fosse sepultada no país, mas o filho da jornalista, Stephan Hachemi, 26, pede o repatriamento do corpo para o Canadá.

De acordo com Teerã, Zahra Kazemi morreu na sexta-feira (11) em razão de um ''ataque cerebral'' num hospital da capital iraniana, para onde fora transferida depois de ter se sentido mal durante um interrogatório conduzido por agentes do Ministério da Informação.

A jornalista foi detida em 23 de junho, quando fotografava a prisão de Evin, no norte de Teerã.
 

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