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15/07/2003 - 18h54

Bremer condiciona saída da coalizão a eleições e Constituição

da Agência Lusa, em Bagdá

O trabalho da coalizão somente estará terminado quando o Iraque tiver uma Constituição e realizar eleições livres, declarou hoje o chefe da administração americana no país, Paul Bremer.

''A nossa presença aqui está nas mãos dos iraquianos'', disse Bremer, comentando a formação, no domingo (13), do Conselho de Governo transitório.

O administrador americano ressaltou que a elaboração de uma Constituição, que abra caminho à realização de eleições livres e democráticas, trata-se ''de uma etapa essencial''.

Uma vez concretizado tal objetivo, ''o trabalho da coligação estará feito'', disse, acrescentando estar ''radiante por ter um parceiro forte''.

''A Constituição é um assunto iraquiano. Será elaborada pelos iraquianos e para os iraquianos'', precisou Bremer. O texto constitucional será, depois, adotado por referendo.

Paul Bremer não fixou data para estes objetivos, mas demostrou que quanto mais cedo se concretizarem, melhor. Até lá, ''há muito por fazer'', prosseguiu ele.

Questionado sobre a criação de um tribunal encarregado de julgar os antigos dirigentes do partido Baath iraquiano por crimes de guerra, Bremer afirmou que essa questão é também um assunto do governo, reafirmando que a coligação continua a perseguir as pessoas ligadas a Saddam Hussein.

A formação do novo Exército iraquiano começará na próxima semana em três cidades: Bagdá, Basra (sul) e Mossul (norte).

Entretanto, o pagamento dos primeiros salários aos cerca de 400 mil soldados do antigo Exército começou hoje de manhã e deve se prolongar por dois meses, segundo Bremer.

Quanto aos ataques diários contra as forças da coligação anglo-americana, o responsável salientou que estes ''apenas ocorrem em pequenas zonas do país, em Bagdá, a norte e a oeste da capital, e que são da autoria de pequenos grupos''.

''Eles atacam onde nós estamos sendo bem sucedidos'', acrescentou o administrador norte-americano, citando as escolas e as forças policiais. A propósito, lembrou que um soldado americano foi morto na Universidade de Bagdá e sete policiais em formação foram vítimas de um atentado em Ramadi (100 km a oeste de Bagdá).

Desde 1º de maio, data em que George W. Bush deu como terminadas as principais operações militares no Iraque, 80 militares americanos já morreram, sendo 32 em combates.

No plano econômico, Bremer considerou ''muito positiva'' a reunião que manteve ontem com três membros do conselho de governo e empresários iraquianos, na presença de representantes do Banco Mundial.

Sobre o problema da falta de energia elétrica, o responsável americano afirmou que houve progressos. ''Em escala nacional, vamos atingir o nível de produção de antes da guerra'', afirmou. Ele ressaltou, no entanto, que este nível é insuficiente para responder a todas as necessidades.

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