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27/07/2009 - 10h06

Enviado dos EUA pede que países árabes se aproximem a Israel

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colaboração para a Folha Online

O enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, fez nesta segunda-feira uma chamada aos líderes árabes para que adotem "passos sérios" que levem à normalização de seus vínculos com Israel.

Mitchell fez a declaração aos jornalistas, depois de se reunir no Cairo com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, dentro de uma viagem pela região que antes o levou à Síria e a Israel.

Khaled El Fiqi/Efe
Enviado especial dos EUA, George Mitchell, pede aproximação entre países árabes e Israel
Enviado especial dos EUA, George Mitchell, pede aproximação entre países árabes e Israel

"Durante minha viagem, estou pedindo aos líderes árabes que adotem passos sérios para a normalização das relações com Israel, mas não estamos pedindo a normalização total nesta etapa do processo de paz", afirmou Mitchell.

Entre os países da região, apenas Jordânia e Egito --dois dos representantes do grupo de países árabes moderados-- mantêm vínculos diplomáticos com Israel.

O estabelecimento de relações entre os países árabes e Israel é um dos pontos da Iniciativa Árabe para a Paz de 2002, que inclui, entre outras exigências, a retirada israelense dos territórios palestinos ocupados desde 1967 e o estabelecimento de um Estado palestino, passos que também não foram cumpridos.

"A normalização das relações [entre Israel e os árabes] é uma parte importante de nossos esforços para conseguir uma paz completa", afirmou Mitchell, na entrevista coletiva que ofereceu no palácio presidencial.

Mitchell disse que conversou com Mubarak sobre o resultado da visita que fez neste domingo a Damasco, onde conversou com o presidente sírio, Bashar al Assad, a respeito da possibilidade de retomar as conversas indiretas entre Israel e Síria, com mediação turca, que estão suspensas desde o início deste ano.

Prioridade

Em suas declarações, Mitchell disse que, após ter sido designado para o cargo pelo presidente americano, Barack Obama, o governante lhe disse que uma de suas prioridades era alcançar a paz no Oriente Médio.

"E isso é o que está se fazendo", acrescentou.

Mitchell, que antes de chegar ao Cairo, no domingo à noite, visitou em Tel Aviv o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, anunciou que voltará a Israel para se reunir nesta terça-feira com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O enviado especial americano qualificou como "construtivas e transparentes" suas conversas com Mubarak, e disse que pacificar o Oriente Médio representa "a melhor forma para ajudar as pessoas da região a conseguir a paz e a prosperidade".

Ele também disse que, como parte desta viagem, visitará o Barein, onde se reunirá com o príncipe herdeiro, Salman bin Hamed bin Isa al Khalifa.

Recentemente, Khalifa fez uma chamada aos líderes árabes para conversar com Israel, como parte da estratégia para conseguir a paz na região.

Gates

Em visita a Israel, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou nesta segunda-feira que o presidente americano, Barack Obama, espera que o Irã dê uma resposta sobre as negociações em torno de seu programa nuclear até setembro.

"Acredito que o presidente está certamente antecipando ou esperando algum tipo de resposta neste outono, talvez até a Assembleia Geral da ONU", disse Gates a jornalistas.

"Baseada nas informações que temos disponíveis, penso que o prazo dado pelo presidente continua viável e não aumenta significativamente os riscos para ninguém", completou.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, aprovou a estratégia dos EUA no Irã, mas disse que qualquer negociação deve ser realizada em um curto prazo e prever a possibilidade de que o Conselho de Segurança da ONU imponha novas sanções ao governo de Teerã.

Ele também deixou em aberto a possibilidade de Israel --que tem o único arsenal atômico no Oriente Médio-- poderia atacar os iranianos de forma preventiva.

"Acreditamos que nenhuma opção pode ser tirada da mesa [de negociações]. Recomendamos aos outros que tenham a mesma posição, mas não podemos obrigá-la a ninguém", afirmou.

Com Efe e Reuters

 

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