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16/07/2003
-
22h29
O Canadá condicionou hoje o futuro de suas relações com o Irã à vontade de Teerã de punir os responsáveis pela morte da jornalista e fotógrafa iraniano-canadense Zahra Kazemi, enquanto que seu filho exige a repatriação do corpo e uma investigação independente.
O chanceler canadense, Bill Graham, disse ter alertado por telefone seu colega iraniano, Kamal Kahrazi, que as ''boas relações'' entre ambos os países ''dependem muito do resultado deste assunto, que deve demonstrar que o governo iraniano atua de boa fé''.
''Se foram cometidos crimes, exigimos que o governo iraniano castigue os responsáveis'', afirmou hoje o primeiro-ministro canadense, Jean Chrétien, que julgou ''totalmente inaceitável que uma jornalista no desempenho de suas funções seja tratada desta maneira''.
O vice-presidente do Irã, Mohammad Ali Abtahi, reconheceu hoje que Kazemi ''morreu em consequência de uma hemorragia cerebral depois de ter sido golpeada, enquanto estava detida em Teerã'', ao revelar os primeiros resultados de uma investigação realizada por uma comissão governamental.
Kazemi foi presa em 23 de junho, quando fotografava a prisão de Evine, no norte da capital iraniana.
Depois da revelação por parte de Teerã, Graham afirmou que Ottawa atribui a responsabilidade da morte de Kazemi às autoridades iranianas, ''a menos que se prove o contrário'', e quer que os responsáveis sejam julgados.
''Pode-se assumir que sua morte é o resultado de atividades iranianas, a menos que se prove o contrário'', declarou o ministro.
O filho da fotógrafa, Stephan Hachemi, comentou, por sua vez, que o governo iraniano ''colabora um pouquinho'' ao reconhecer que sua mãe foi ''golpeada até morrer'', em declarações divulgadas em Montreal.
''O governo iraniano reconheceu que, sob sua responsabilidade, minha mãe foi golpeada até morrer'', admitiu Hachemi. ''Isto quer dizer que colabora um pouquinho... Isso é positivo'', acrescentou.
Em relação à repatriação do corpo, reclamada desde sábado (12) por Hachemi, que vive em Montreal, Ottawa enfrenta o fato de que as autoridades de Teerã não reconhecem a dupla nacionalidade da jornalista.
''Tentamos conseguir uma opinião jurídica para demonstrar que o filho tem o direito de pedir a repatriação do corpo para o Canadá e, depois, poderemos pressionar o governo iraniano'', afirmou Graham.
Canadá exige investigação sobre morte de fotógrafa no Irã
da France Presse, em MontrealO Canadá condicionou hoje o futuro de suas relações com o Irã à vontade de Teerã de punir os responsáveis pela morte da jornalista e fotógrafa iraniano-canadense Zahra Kazemi, enquanto que seu filho exige a repatriação do corpo e uma investigação independente.
O chanceler canadense, Bill Graham, disse ter alertado por telefone seu colega iraniano, Kamal Kahrazi, que as ''boas relações'' entre ambos os países ''dependem muito do resultado deste assunto, que deve demonstrar que o governo iraniano atua de boa fé''.
''Se foram cometidos crimes, exigimos que o governo iraniano castigue os responsáveis'', afirmou hoje o primeiro-ministro canadense, Jean Chrétien, que julgou ''totalmente inaceitável que uma jornalista no desempenho de suas funções seja tratada desta maneira''.
O vice-presidente do Irã, Mohammad Ali Abtahi, reconheceu hoje que Kazemi ''morreu em consequência de uma hemorragia cerebral depois de ter sido golpeada, enquanto estava detida em Teerã'', ao revelar os primeiros resultados de uma investigação realizada por uma comissão governamental.
Kazemi foi presa em 23 de junho, quando fotografava a prisão de Evine, no norte da capital iraniana.
Depois da revelação por parte de Teerã, Graham afirmou que Ottawa atribui a responsabilidade da morte de Kazemi às autoridades iranianas, ''a menos que se prove o contrário'', e quer que os responsáveis sejam julgados.
''Pode-se assumir que sua morte é o resultado de atividades iranianas, a menos que se prove o contrário'', declarou o ministro.
O filho da fotógrafa, Stephan Hachemi, comentou, por sua vez, que o governo iraniano ''colabora um pouquinho'' ao reconhecer que sua mãe foi ''golpeada até morrer'', em declarações divulgadas em Montreal.
''O governo iraniano reconheceu que, sob sua responsabilidade, minha mãe foi golpeada até morrer'', admitiu Hachemi. ''Isto quer dizer que colabora um pouquinho... Isso é positivo'', acrescentou.
Em relação à repatriação do corpo, reclamada desde sábado (12) por Hachemi, que vive em Montreal, Ottawa enfrenta o fato de que as autoridades de Teerã não reconhecem a dupla nacionalidade da jornalista.
''Tentamos conseguir uma opinião jurídica para demonstrar que o filho tem o direito de pedir a repatriação do corpo para o Canadá e, depois, poderemos pressionar o governo iraniano'', afirmou Graham.
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