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02/08/2009 - 03h39

Bases, etanol e Rodada Doha opõem Brasil a EUA de Obama

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da Folha Online

O presidente Barack Obama mal completou seis meses de governo, e o Brasil já tem três frentes de discordância com os EUA.

Em entrevista à colunista Eliane Cantanhêde, publicada na edição deste domingo da Folha (disponível para assinantes UOL e do jornal), o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse que as divergências estão na ampliação da presença militar na Colômbia, no insucesso da Rodada Doha de negociação comercial e no recuo da intenção de rever as tarifas para o etanol.

Entenda o que é a Rodada Doha

O chanceler brasileiro se queixou de o Brasil não ter sido avisado sobre a intenção dos EUA de ampliarem a presença militar na Colômbia sem aviso prévio e disse "compreender as preocupações" da Venezuela.

Sobre o etanol, o ministro disse que é "um ponto fundamental" nas relações comerciais com os EUA. E afirmou estar "cético" quanto ao desfecho da Rodada Doha.

Recuo

Nesta sexta (30), após ser pressionada por um senador republicano da bancada agrícola, que ameaçava atrasar a confirmação do novo embaixador dos Estados Unidos para o Brasil, a Casa Branca recuou de sua posição de questionamento em relação à tarifa que o país impõe atualmente ao etanol brasileiro, de US$ 0,54 por galão (cerca de R$ 0,27 por litro).

Em comunicado, o setor de imprensa do governo de Barack Obama diz que a administração atual não tem planos de mudar a política em relação ao setor. É que, durante sua audiência de confirmação no Senado, em 8 de julho, Thomas Shannon, atual número 1 do Departamento de Estado para a América Latina e indicado para a Embaixada no Brasil, havia dito que o fim da tarifa seria "benéfico" para os dois países.

A declaração havia levantado a ira de Charles Grassley, do Iowa, que defende os interesses dos produtores de etanol de milho norte-americanos, dependentes do subsídio do governo para sobreviver.

O senador republicano mandou carta ao governo democrata em que dizia que usaria um recurso para obstruir a confirmação de Shannon enquanto não ficasse clara qual era a posição da Casa Branca em relação ao assunto.

Em texto, divulgado na última terça-feira (28), o governo americano recuou: "Biocombustíveis são uma importante fonte de energia renovável, que vão ajudar a diversificar nossa matriz energética e reduzir nossa dependência do petróleo importado. Quanto à tarifa dos EUA sobre o etanol brasileiro, o governo não tem planos de mudá-la."

Fora da bancada agrícola, a sobretaxa é criticada quase unanimemente, por perpetuar um setor que produz etanol considerado de mais baixa qualidade e eficácia que o brasileiro e incapaz de ampliar o mercado para nos EUA. Mas Grassley é peça-chave no jogo político para aprovação da reforma de saúde de Obama.

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Comentários dos leitores
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
Obrigado pela dica! Um bom documentario sobre o poder dos bancos. sem opinião
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Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Para J.R.:
Interessante seu conhecimento de política internacional, mas falta um esclarescimento:
Assista ao documentário de Charlie Sheen "a verdade liberta voce" no youtube. Vai gostar de ligar os pontinhos...
sem opinião
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Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Bom, vamos esperar que parte desses BILHÕES sejam destinados à retirada de tropas dos países que eles invadiram. E esperar que este valor não seja atrelado à dívida externa dos mesmos... 4 opiniões
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