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Chanceler israelense diz que renunciará se for acusado por suborno
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da Efe, em Jerusalém
O ministro de Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, anunciou nesta segunda-feira que renunciará se for efetivamente acusado após a polícia de Israel recomendar à Procuradoria do Estado que ele seja processado por fraude, suborno, lavagem de dinheiro, assédio a testemunhas e obstrução à Justiça.
Em entrevista coletiva convocada em caráter de urgência, Lieberman defendeu sua inocência e se aventurou a prever que dentro de dois anos seguirá à frente da diplomacia israelense e de seu partido, o ultradireitista Yisrael Beiteinu (Israel é a Nossa Casa).
"Revisei tudo o que passou e tudo sobre o que me foi perguntado. Estou satisfeito com o que fiz. Se tivesse que fazê-lo, faria exatamente o mesmo. Faria tudo de novo, se me dessem a oportunidade", disse.
Uma fonte policial disse neste domingo que a investigação sobre o chanceler israelense está "praticamente concluída" e que foi possível coletar provas suficientes que apoiem sua acusação pelos crimes mencionados.
O caso foi transferido ao procurador-geral do Estado, Menachem Mazuz, que manteve uma série de reuniões com os responsáveis da investigação policial, assim como os detetives da unidade de fraude que dirige o caso.
Acusações
As investigações indicam que Lieberman dirigia um mecanismo do qual participava mesmo após assumir um cargo público, e graças ao qual teria embolsado milhões de dólares, afirma o jornal "Haaretz".
O chanceler e seus cúmplices são suspeitos de ter estabelecido várias companhias com as quais lavavam dinheiro, que depois embolsavam. As investigações também tentaram determinar se Lieberman continuou sendo uma peça-chave nestas supostas operações após se tornar funcionário público.
Também se suspeita que, junto com pessoas próximas, ele tentou obstruir as investigações pelo menos em três situações diferentes --trocando os nomes das companhias que teria estabelecido no Chipre, ao suspeitar que a polícia o estava investigando.
Os investigadores também o interrogaram sobre supostos subornos que foram recebidos através da empresa de consultoria dirigida por sua filha.
Além disso, foi pedido que Lieberman esclarecesse detalhes sobre grandes quantias de dinheiro recebidas de vários empresários durante os anos nos quais não foi membro do Knesset (Parlamento israelense).
Chefe do Yisrael Beitenu, Lieberman foi ministro de Assuntos Estratégicos na administração anterior, de Ehud Olmert --que renunciou após ser envolvido em uma investigação de suborno e de golpe em gastos de viagens. Atualmente é chanceler do premiê Binyamin Netanyahu.
Polêmico por sua posição contrária aos árabes-israelenses, Lieberman foi interrogado em várias ocasiões sob as suspeitas de cometer crimes relacionados à corrupção, mas, por enquanto, não foi formalmente acusado de nada.
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