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27/07/2003 - 05h00

Campanha ataca a atuação americana no Iraque

FERNANDO CANZIAN
da Folha de S.Paulo, em Washington

De forma bastante organizada, grupos de direitos civis americanos já começaram uma campanha orquestrada contra a atuação americana no Iraque.

As duas principais demandas são: a volta dos soldados americanos e uma investigação mais aprofundada dos motivos que levaram os EUA a atacar o regime do ditador Saddam Hussein.

De cada 11 soldados atuando hoje no Iraque, apenas um não é americano. As mortes quase que diárias no país têm sido o principal fator de corrosão da popularidade de George W. Bush.

Na atual campanha iraquiana, os EUA já perderam mais homens do que na Guerra do Golfo, em 1991, quando o total de vítimas fatais chegou a 147 pessoas.

Um dos principais críticos é o partido rival. Os democratas começaram a fazer um abaixo-assinado para forçar o governo Bush a esclarecer quais informações dos serviços de inteligência levaram os EUA à guerra no Iraque. A campanha foi lançada em anúncios de uma página nos principais jornais dos EUA e na internet (www.democrats.org/truthnow).

Do outro lado do país, em São Francisco, a ONG MoveOn.org também obteve centenas de milhares de assinaturas de internautas pedindo investigação sobre a acusação de que o Iraque possuía armas de destruição em massa _até agora não encontradas.

Além do abaixo-assinado, a MoveOn.org repassou aos americanos os telefones em Washington das principais lideranças do Congresso, que receberam cerca de 400 mil ligações nos últimos dias cobrando a investigação.

Outras entidades ligadas a pesquisadores de universidades e institutos respeitados dos EUA também já estão se unindo para realizar um levantamento próprio, com base no que foi divulgado, das provas que o governo Bush tinha contra Saddam.

Na semana passada, os republicanos foram confrontados com um novo fator de desgaste. O relatório final do Congresso sobre os atentados de 11 de setembro de 2001 mostrou as autoridades e serviços de inteligência desorganizados e incapazes de trocar informações que poderiam ter evitado os ataques terroristas em Nova York e Washington.

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