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28/07/2003 - 08h03

Novo ataque no Iraque fere dois soldados dos EUA

da Folha Online

Dois soldados dos EUA foram gravemente feridos hoje em um ataque contra seu comboio no centro de Bagdá, capital do Iraque, afirmou a polícia iraquiana.

Segundo testemunhas, três soldados teriam ficado feridos no ataque. "Vi pelo menos dois soldados feridos, então vi o terceiro, que foi jogado para fora do carro", disse Alim Naati.

De acordo com outras testemunhas, três soldados foram lançados para fora de um jipe Humvee quando uma bomba foi detonada no momento da passagem do comboio pela rua Palestine, no centro de Bagdá.

O Exército dos EUA não comentou o ataque, que ocorreu às 11h45 (4h45 no horário de Brasília).

No fim de semana, cinco soldados norte-americanos foram mortos em três ataques. As mortes elevam para 49 o número de soldados dos EUA mortos desde que o presidente norte-americano, George W. Bush, declarou o fim dos principais combates, no dia 1º de maio.

O número de baixas americanas na Guerra do Iraque --163-- já superou o da Guerra do Golfo (1991), quando morreram 147 soldados dos EUA.

Os EUA afirmam que o cerco se estreita no Iraque em torno do presidente deposto iraquiano, Saddam Hussein, uma semana depois da morte de seus dois filhos, Uday e Qusay.

Segundo fontes militares americanas citadas pela rede Sky News, as tropas perderam por 24 horas a chance de capturar o chefe da segurança de Saddam Hussein --e talvez o próprio ex-presidente-- em um ataque em Tikrit, ao norte de Bagdá.

O tenente-coronel Steve Russel, da Quarta Divisão de Infantaria, declarou que os militares tinham feito uma incursão em três fazendas de Tikrit, cidade natal de Saddam Hussein, depois de terem recebido uma informação segundo a qual seu chefe de segurança residiria em uma delas.

Para o coronel James Hickey, "o cerco se estreita em torno desses indivíduos. Começam a não ter lugares onde se esconder e é difícil para eles deslocar-se porque estamos por todas as partes".

O líder do Conselho Nacional Iraquiano (CNI), Ahmed Chalabi, membro do Conselho de Governo transitório iraquiano instaurado pelos Estados Unidos, estimou que seria preferível capturar Saddam Hussein vivo.

"Acho que seria muito melhor para o povo iraquiano e para o mundo que Saddam Hussein fosse capturado vivo e julgado pelos crimes que cometeu contra o povo iraquiano, contra os vizinhos do Iraque e contra o mundo", declarou Chalab em Londres à televisão BBC.

Em sua perseguição a membros do antigo regime, os militares norte-americanos revistaram ontem uma casa do bairro Mansur da capital, pensando que o ditador deposto estivesse ali, segundo testemunhas.

O proprietário da casa, Amir Rabiha Mohamed al Chamar, parente de Saddam Hussein, não estava presente quando ocorreu o ataque, mas depois disse que cinco iraquianos tinham morrido no tiroteio, sem precisar a origem dos disparos.

"Os soldados só responderam aos disparos", assinalou o comandante Kevin West, da Primeira Divisão blindada.

Para o número dois do Pentágono, Paul Wolfowitz, a morte dos filhos de Saddam Hussein será útil para conseguir a pacificação do Iraque.

Wolfowitz, entrevistado na rede NBC, expressou satisfação pela morte de Uday e Qusay Hussein em Mossul: "O que aconteceu na semana passada a esses dois miseráveis incentivará os iraquianos a apresentar-se" para informar sobre a guerrilha, disse.

Com agências internacionais

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