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28/07/2003 - 17h14

Vaticano lançará campanha contra casamentos gays

da Folha Online

Preocupado com o crescimento da aceitação legal de uniões homossexuais na Europa e na América do Norte, o Vaticano procura atrair políticos para sua campanha contra casamentos gays.

Um documento preparado pela guardiã da ortodoxia da Igreja, a Congregação para a Doutrina da Fé, inclui instruções pedindo que políticos se oponham a estender aos homossexuais os direitos dados a casais heterossexuais, disseram hoje autoridades do Vaticano.

O documento --"Considerações sobre Propostas de Dar Reconhecimento Legal para Uniões entre Pessoas Homossexuais"-- será lançado na quinta-feira (31), segundo as fontes.

Autoridades do Vaticano disseram que o documento --de 12 páginas e disponível em sete línguas-- é totalmente dedicado ao tema de casamentos homossexuais.

Uma fonte afirmou que o texto é uma "reflexão prática" dirigida a políticos católicos e de outras religiões e à opinião pública em geral.

O papa João Paulo 2º e altas autoridades do Vaticano têm criticado abertamente nos últimos meses as propostas de legalização de casamentos homossexuais.

Em janeiro, o papa aprovou recomendações a políticos católicos que diziam que a oposição da Igreja em relação a aborto, eutanásia e casamento homossexual não seria negociada.

Apesar das recomendações do papa, a aceitação legal de casamentos gays está crescendo.

Duas Províncias canadenses --Ontario e British Columbia --legalizaram o casamento homossexual recentemente, atraindo casais gays dos Estados Unidos.

A corte de Massachusetts está analisando se legaliza as uniões homossexuais, enquanto republicanos em Washington estão reivindicando uma emenda constitucional que proibiria casamentos gays em todos os EUA.

No início de julho, um cardeal alemão criticou a nova legislação sobre casamentos gays, aprovada pela Suprema Corte da Alemanha.

Militante dos direitos homossexuais e membro do Parlamento da Itália, Franco Grillini condenou a posição do Vaticano e disse que o documento é "outra intromissão nos assuntos do país".

Grillini afirmou que o Vaticano opera com uma mão-de-ferro na Itália e em outros países europeus predominantemente católicos, privando os gays de direitos garantidos em outros países.

Com agências internacionais
 

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