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29/07/2003 - 15h59

Governo da Libéria rejeita proposta de trégua de rebeldes

da Folha Online

O principal negociador do governo da Libéria rejeitou hoje em Gana um cessar-fogo unilateral proposto pelo principal grupo rebelde que tenta tomar Monróvia e disse que os integrantes do Lurd (Liberianos Unidos pela Reconciliação e a Democracia) devem se retirar da capital.

''Retirar-se para Freeport não é bom o suficiente. É inaceitável'', disse Lewis Brown, ministro liberiano de Relações Exteriores.

''[O Lurd] deve encerrar o cerco na cidade, e isso significa retirar-se para as posições que eles mantinham antes do acordo de cessar-fogo de 17 de junho'', declarou Brown.

O grupo rebelde alcançou uma trégua com as forças leais ao presidente Charles Taylor em 17 de junho, durante negociações em Gana, mas ele foi repetidamente violado por ambos os lados.

Os rebeldes do Lurd atacaram Monróvia três vezes desde junho e posicionaram-se perto do centro da cidade nos últimos 11 dias.

Centenas de civis foram mortos em batalhas pelo controle da principais pontes da capital da Libéria, enquanto milhares de pessoas fugiram da cidade em busca de um abrigo seguro e de comida.

Proposta do Lurd

Os rebeldes do Lurd declararam hoje um cessar-fogo unilateral com vigência imediata e ordenaram a seus combatentes para se concentrarem no porto de Monróvia, informou um dos delegados dos rebeldes nas negociações realizadas em Acra (Gana).

''Todos os nossos homens seguem o cessar-fogo e têm ordem para ir ao porto de Monróvia'', declarou Kabinek Ja'neh, representante do Lurd em Gana. A área do porto caiu nas mãos dos rebeldes no dia 19 de julho.

Ja'neh afirmou que o presidente do Lurd, Seku Damate Conneh, se comprometeu formalmente ao fim das hostilidades numa carta transmitida hoje ao embaixador dos Estados Unidos na Monróvia, John Blaney.

Até as 14h (11h de Brasília), os combates com armamento pesado continuavam ocorrendo nas imediações de duas pontes estratégicas que ligam o porto ao centro da Monróvia.

As forças insurgentes deveriam permanecer agrupadas na zona do porto até a chegada de uma força internacional de paz, acrescentou Ja'neh.

Forças de paz

Uma força de paz de países da África Ocidental se deslocará ''muito em breve'' para a Libéria, declarou hoje o presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, após reunir-se em Londres com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.

Quando os repórteres lhe perguntaram na entrada de Downing Street se a força de paz --que estará integrada por dois batalhões nigerianos, com um total de 1.500 homens-- chegará à Libéria em dias, meses ou anos, Obasanjo respondeu: ''Eu diria que dentro de alguns poucos dias''.

Com agências internacionais
 

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