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30/07/2003 - 02h49

Irã decidirá sobre inspeções de instalações nucleares após visita da AIEA

da France Presse, em Teerã

O Irã decidirá se aceita ou não as inspeções de surpresa de suas instalações nucleares após a próxima visita dos especialistas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), declarou hoje o ministro iraniano das Relações Exteriores, Kamal Kharazi.

Os especialistas da AIEA são esperados "nos próximos dias" no Irã para uma missão de esclarecimento, disse o ministro, citado pela agência de notícias oficial Irna.

"A decisão sobre o protocolo adicional será tomada após as discussões com os especialistas e a exposição de suas razões", acrescentou.

A comunidade internacional, que teme que o programa nuclear iraniano possa ocultar um programa militar, pressiona Teerã a assinar o protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, o que permitiria à AIEA realizar inspeções de surpresa nas instalações iranianas.

A AIEA, a pedido do Irã, enviará em agosto uma missão de especialistas jurídicos para explicar às autoridades os pormenores da aplicação do protocolo adicional, caso decidam aceitá-lo.

A equipe permanecerá no país por 48 horas. Outros peritos realizarão uma última inspeção antes de sua apresentação, em 8 de setembro, de um informe da AIEA a seu conselho de diretores.

Teerã até o momento se negou a assinar o protocolo adicional, mas, ao mesmo tempo, continua indicando que jamais afirmou que não o faria.

Frente ao aumento da pressão internacional, alguns dirigentes iranianos ameaçaram abandonar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear. "Não é impossível que venhamos a abandonar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear caso as pressões continuem", declarou Mohammad Reza Bahonar, um dirigente conservador, no domingo (27).

Mas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Teerã disse na segunda-feira (28) que o Irã não tem a intenção de deixar o Tratdo de Não-Proliferação Nuclear, como a Coréia do Norte fez este ano.

O representante permanente do Irã na AIEA, Ali Akbar Saleji, disse no domingo acreditar em uma aceitação do protocolo adicional por parte de seu país e afirmou que uma iniciativa desse tipo pode acontecer até setembro.
 

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