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30/07/2003 - 08h00

França nega ter negociado com as Farc

da France Presse, em Paris

O secretário de Estado francês das Relações Exteriores, Renaud Muselier, afirmou hoje que não houve negociação com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para libertar a ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt.

Em declarações à rede de tevê pública francesa France 2, Muselier explicou: "Temos relações privilegiadas com o Brasil, temos excelentes relações com a Colômbia e o presidente Uribe e é necessário trabalhar em conjunto. E portanto, somos muito claros neste ponto: não houve negociação com as Farc".

"Não houve negociações com as Farc", insistiu o secretário de Estado, que negou qualquer incidente diplomático com o Brasil ou a Colômbia devido à missão de um avião militar, segundo a irmã de Ingrid Betancourt, enviado a pedido da família da dirigente política sequestrada.

Ontem, a guerrilha das Farc negou que tenha cogitado a possibilidade de libertar Betancourt e que tenha havido contatos com o governo da França ou familiares da dirigente política com este objetivo.

Em uma nota divulgada hoje na internet, as Farc rejeitam as informações sobre encontros de supostos enviados da guerrilha com parentes de Betancourt e funcionários franceses na fronteira com o Brasil, para tratar de sua libertação.

Exigência

O grupo rebelde afirma que "o ocorrido foi obra da inteligência militar liderada pelo presidente, Álvaro Uribe, com a finalidade de enganar e assaltar as boas intenções humanitárias dos franceses".

Além disso, as Farc reiteram sua exigência ao governo da Colômbia de fazer uma troca, ou acordo humanitário, para a libertação dos reféns.

"A política oficial das Farc é obter a troca, ou acordo humanitário, que permita libertar todos os detidos políticos em poder do governo e das Farc", ressalta o comunicado, assinado pelo Secretariado (alto comando) do grupo rebelde.

"Com esta finalidade, já fizemos nossas exigências ao governo e estão nomeados os três negociadores, mas continuamos sem receber a resposta oficial", acrescenta a guerrilha.

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