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30/07/2003
-
10h49
O governo peruano vai apresentar um pedido formal de extradição do ex-presidente Alberto Fujimori ao governo japonês amanhã, anunciou hoje a Embaixada do Peru em Tóquio.
O embaixador do Peru em Tóquio, Luis Macchiavello, dará uma entrevista à imprensa amanhã à tarde, informou um porta-voz da delegação. A entrevista será dedicada ao pedido de extradição, que será feito no mesmo dia, acrescentou, sem dar maiores detalhes.
O Ministério peruano de Justiça afirmou que Lima quer a extradição de Fujimori para esclarecer as acusações de que o ex-presidente teria pago US$ 15 milhões com recursos governamentais ao chefe dos serviços de inteligência, Vladimiro Montesinos, nos últimos dias de seu governo.
O Japão se negou até agora a extraditar Fujimori, que obteve a nacionalidade nipônica porque seus pais, que emigraram ao Peru quando ele nasceu, eram japoneses.
Entretanto, a pedido de Lima, os promotores públicos japoneses interrogaram Fujimori, fazendo a ele 51 perguntas específicas relativas às acusações de homicídio e sequestro no Peru.
Crimes contra a humanidade
Fujimori, 64, foi três vezes presidente e governou de 1990 a 2000, vive em Tóquio desde novembro de 2000, quando chegou de visita e renunciou por fax em meio a um escândalo de corrupção. O Congresso não aceitou sua demissão e o destituiu.
O pedido de extradição de Fujimori se centraliza na acusação de crimes contra a humanidade.
O objetivo da Justiça peruana é que Fujimori compareça para responder às acusações de ser o autor intelectual das matanças de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), onde morreram 15 e dez pessoas, respectivamente.
Mas a solicitação pode gerar uma longa batalha jurídica entre Lima e Tóquio, já que não existe tratado entre os dois países. A isso se soma a nacionalidade japonesa do ex-mandatário. A legislação nipônica não entrega seus cidadãos a terceiros países.
O ex-presidente alega ser vítima de uma "perseguição política" através de sua página na internet e rechaça todas as acusações, incluindo a de enriquecimento ilícito.
Fujimori fundou um novo movimento político para eleições presidenciais de 2006, anunciou no último domingo Carlos Orellana, secretário-geral do ex-presidente.
Especial
Saiba mais sobre Fujimori
Peru pedirá a extradição de Fujimori oficialmente amanhã
da France Presse, em TóquioO governo peruano vai apresentar um pedido formal de extradição do ex-presidente Alberto Fujimori ao governo japonês amanhã, anunciou hoje a Embaixada do Peru em Tóquio.
O embaixador do Peru em Tóquio, Luis Macchiavello, dará uma entrevista à imprensa amanhã à tarde, informou um porta-voz da delegação. A entrevista será dedicada ao pedido de extradição, que será feito no mesmo dia, acrescentou, sem dar maiores detalhes.
Reuters - 26.nov.2000 |
O ex-presidente Alberto Fujimori, refugiado no Japão |
O Japão se negou até agora a extraditar Fujimori, que obteve a nacionalidade nipônica porque seus pais, que emigraram ao Peru quando ele nasceu, eram japoneses.
Entretanto, a pedido de Lima, os promotores públicos japoneses interrogaram Fujimori, fazendo a ele 51 perguntas específicas relativas às acusações de homicídio e sequestro no Peru.
Crimes contra a humanidade
Fujimori, 64, foi três vezes presidente e governou de 1990 a 2000, vive em Tóquio desde novembro de 2000, quando chegou de visita e renunciou por fax em meio a um escândalo de corrupção. O Congresso não aceitou sua demissão e o destituiu.
O pedido de extradição de Fujimori se centraliza na acusação de crimes contra a humanidade.
O objetivo da Justiça peruana é que Fujimori compareça para responder às acusações de ser o autor intelectual das matanças de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), onde morreram 15 e dez pessoas, respectivamente.
Mas a solicitação pode gerar uma longa batalha jurídica entre Lima e Tóquio, já que não existe tratado entre os dois países. A isso se soma a nacionalidade japonesa do ex-mandatário. A legislação nipônica não entrega seus cidadãos a terceiros países.
O ex-presidente alega ser vítima de uma "perseguição política" através de sua página na internet e rechaça todas as acusações, incluindo a de enriquecimento ilícito.
Fujimori fundou um novo movimento político para eleições presidenciais de 2006, anunciou no último domingo Carlos Orellana, secretário-geral do ex-presidente.
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