Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/07/2003 - 10h49

Peru pedirá a extradição de Fujimori oficialmente amanhã

da France Presse, em Tóquio

O governo peruano vai apresentar um pedido formal de extradição do ex-presidente Alberto Fujimori ao governo japonês amanhã, anunciou hoje a Embaixada do Peru em Tóquio.

O embaixador do Peru em Tóquio, Luis Macchiavello, dará uma entrevista à imprensa amanhã à tarde, informou um porta-voz da delegação. A entrevista será dedicada ao pedido de extradição, que será feito no mesmo dia, acrescentou, sem dar maiores detalhes.

Reuters - 26.nov.2000
O ex-presidente Alberto Fujimori, refugiado no Japão
O Ministério peruano de Justiça afirmou que Lima quer a extradição de Fujimori para esclarecer as acusações de que o ex-presidente teria pago US$ 15 milhões com recursos governamentais ao chefe dos serviços de inteligência, Vladimiro Montesinos, nos últimos dias de seu governo.

O Japão se negou até agora a extraditar Fujimori, que obteve a nacionalidade nipônica porque seus pais, que emigraram ao Peru quando ele nasceu, eram japoneses.

Entretanto, a pedido de Lima, os promotores públicos japoneses interrogaram Fujimori, fazendo a ele 51 perguntas específicas relativas às acusações de homicídio e sequestro no Peru.

Crimes contra a humanidade

Fujimori, 64, foi três vezes presidente e governou de 1990 a 2000, vive em Tóquio desde novembro de 2000, quando chegou de visita e renunciou por fax em meio a um escândalo de corrupção. O Congresso não aceitou sua demissão e o destituiu.

O pedido de extradição de Fujimori se centraliza na acusação de crimes contra a humanidade.

O objetivo da Justiça peruana é que Fujimori compareça para responder às acusações de ser o autor intelectual das matanças de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), onde morreram 15 e dez pessoas, respectivamente.

Mas a solicitação pode gerar uma longa batalha jurídica entre Lima e Tóquio, já que não existe tratado entre os dois países. A isso se soma a nacionalidade japonesa do ex-mandatário. A legislação nipônica não entrega seus cidadãos a terceiros países.

O ex-presidente alega ser vítima de uma "perseguição política" através de sua página na internet e rechaça todas as acusações, incluindo a de enriquecimento ilícito.

Fujimori fundou um novo movimento político para eleições presidenciais de 2006, anunciou no último domingo Carlos Orellana, secretário-geral do ex-presidente.

Especial
  • Saiba mais sobre Fujimori
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página