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30/07/2003
-
15h41
Na tentativa de reparar o estrago causado pelo escândalo de fraudes em reportagens, o jornal "The New York Times" aceitou as recomendações de um comitê interno e disse hoje que vai nomear um ombudsman para analisar a cobertura jornalística e as queixas dos leitores.
Além do ombudsman, que será batizado pelo "New York Times" de "editor público", o jornal vai criar dois altos cargos, um "editor de padrão" e um editor que vai acompanhar a contratação e o desenvolvimento da carreira dos jornalistas, declarou hoje o novo editor-executivo Bill Keller, em um comunicado enviado à Redação.
Os três novos cargos serão preenchidos nas próximas semanas, declarou Keller em um comunicado de cinco páginas sobre as recomendações do comitê interno.
No dia 11 de maio, o "New York Times" publicou um artigo de mais de três páginas detalhando fraudes em reportagens assinadas por seu ex-repórter Jayson Blair, 27, que pediu demissão no dia 1º de maio depois da revelação de que havia plagiado e inventado informações em 36 reportagens publicadas entre outubro de 2002 e abril de 2003.
Blair assinou reportagens a partir de lugares em que não estava, plagiou textos de outros jornais e inventou entrevistas.
O jornal descreveu o escândalo Blair, que provocou o pedido de demissão do editor-executivo Howell Raines e do secretário de Redação Gerald Boyd, como um "ponto baixo" em sua história de 152 anos.
O "editor público" vai ler as queixas dos leitores, verificar se foram encaminhadas aos editores e recomendar correções, respostas ou outras medidas, disse Keller.
Segundo ele, o "editor público" também terá licença para escrever comentário "independentes e livres de censura" a ser publicados no jornal.
O cargo terá duração de um ano. Após esse período, o jornal vai avaliar e decidir a continuação ou a adaptação do cargo, declarou Keller.
O "editor de padrão" vai trabalhar na educação da equipe "em termos de precisão e ética", declarou o editor-executivo.
O comitê interno de 28 membros foi criado para "realizar uma revisão compreensiva" das políticas da Redação do "New York Times" após o escândalo Jayson Blair.
Com agências internacionais
Leia mais
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Ex-repórter do "New York Times" prepara livro sobre jornal
Após escândalo de fraude, "New York Times" vai nomear ombudsman
da Folha OnlineNa tentativa de reparar o estrago causado pelo escândalo de fraudes em reportagens, o jornal "The New York Times" aceitou as recomendações de um comitê interno e disse hoje que vai nomear um ombudsman para analisar a cobertura jornalística e as queixas dos leitores.
Além do ombudsman, que será batizado pelo "New York Times" de "editor público", o jornal vai criar dois altos cargos, um "editor de padrão" e um editor que vai acompanhar a contratação e o desenvolvimento da carreira dos jornalistas, declarou hoje o novo editor-executivo Bill Keller, em um comunicado enviado à Redação.
Os três novos cargos serão preenchidos nas próximas semanas, declarou Keller em um comunicado de cinco páginas sobre as recomendações do comitê interno.
No dia 11 de maio, o "New York Times" publicou um artigo de mais de três páginas detalhando fraudes em reportagens assinadas por seu ex-repórter Jayson Blair, 27, que pediu demissão no dia 1º de maio depois da revelação de que havia plagiado e inventado informações em 36 reportagens publicadas entre outubro de 2002 e abril de 2003.
Blair assinou reportagens a partir de lugares em que não estava, plagiou textos de outros jornais e inventou entrevistas.
O jornal descreveu o escândalo Blair, que provocou o pedido de demissão do editor-executivo Howell Raines e do secretário de Redação Gerald Boyd, como um "ponto baixo" em sua história de 152 anos.
O "editor público" vai ler as queixas dos leitores, verificar se foram encaminhadas aos editores e recomendar correções, respostas ou outras medidas, disse Keller.
Segundo ele, o "editor público" também terá licença para escrever comentário "independentes e livres de censura" a ser publicados no jornal.
O cargo terá duração de um ano. Após esse período, o jornal vai avaliar e decidir a continuação ou a adaptação do cargo, declarou Keller.
O "editor de padrão" vai trabalhar na educação da equipe "em termos de precisão e ética", declarou o editor-executivo.
O comitê interno de 28 membros foi criado para "realizar uma revisão compreensiva" das políticas da Redação do "New York Times" após o escândalo Jayson Blair.
Com agências internacionais
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