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30/07/2003
-
15h53
Tony Blair reafirmou hoje que não pensa em jogar a toalha e renunciar ao posto de primeiro-ministro do Reino Unido, mesmo sob a crise que assola seu governo após a morte do cientista David Kelly. Ao contrário, ele destacou com orgulho o balanço de seis anos de reformas internas e defendeu categoricamente a participação britânica na Guerra do Iraque.
''Tenho muito trabalho para fazer e garra para prosseguir com minhas tarefas'', afirmou Blair antes das férias em Barbados (Caribe). Entretanto, o premiê não confirmou se vai se candidatar a um terceiro mandato, como deu a entender um de seus ministros.
Ao ser questionado sobre Kelly, ex-inspetor da ONU (Organização das Nações Unidas) para o desarmamento do Iraque, Blair disse que o caso estava nas mãos do juiz Brian Hutton, encarregado pelas investigações, e que o magistrado faria audiências para elucidar os acontecimentos durante o verão boreal.
O bioquímico David Kelly foi encontrado morto no dia 17 de julho e exames apontaram a causa da morte como suicídio.
Kelly era a principal fonte da emissora pública BBC que afirmou, a partir de supostas informações do cientista, que o governo Blair havia exagerado, deliberadamente, o relatório sobre o arsenal iraquiano em setembro de 2002.
O relatório foi uma das justificativas para o Reino Unido invadir o Iraque ao lado dos Estados Unidos. ''É importante deixar claro que a investigação sobre o caso Kelly continua'', frisou Blair, durante sua entrevista coletiva mensal.
''Queremos que essa história incorreta seja esclarecida'', explicou o chefe de governo britânico, referindo-se à reportagem da BBC.
O premiê mudou o tema da entrevista e ressaltou o balanço econômico de sua gestão. Blair ainda manifestou sua satisfação com o fato de, a partir de sábado (2), tornar-se o primeiro-ministro trabalhista a permanecer mais tempo, sem interrupção, à frente da administração do Reino Unido.
Blair destacou também que o Reino Unido possuía ''as melhores cifras em décadas sobre inflação e desemprego e que o goveno tinha tirado cerca de meio milhão de crianças da pobreza''.
''O governo trabalhista conseguiu combinar eficácia econômica e Justiça Social'', segundo Blair.
Sobre a questão iraquiana, Blair defendeu a posição britânica durante o conflito bélico, afirmando que ''o terrorismo e as armas de destruição em massa eram uma grande ameaça ao século 21''.
''As pessoas têm de saber que o que foi feito no Iraque era justo e já está justificado'', assegurou o premiê.
Quando questionado sobre as armas de destruição em massa, que continuam desaparecidas três meses depois do fim das principais operações militares no Iraque, o primeiro-ministro defendeu o relatório publicado em setembro de 2002.
''Acredito que as informações recebidas pelos nossos serviços de comunicação são verdadeiras'', afirmou Blair. De acordo com o relatório, o regime de Bagdá podia lançar armas químicas ou biológicas em 45 minutos.
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
Blair reafirma que não pensa em renúncia após caso Kelly
da France Presse, em LondresTony Blair reafirmou hoje que não pensa em jogar a toalha e renunciar ao posto de primeiro-ministro do Reino Unido, mesmo sob a crise que assola seu governo após a morte do cientista David Kelly. Ao contrário, ele destacou com orgulho o balanço de seis anos de reformas internas e defendeu categoricamente a participação britânica na Guerra do Iraque.
''Tenho muito trabalho para fazer e garra para prosseguir com minhas tarefas'', afirmou Blair antes das férias em Barbados (Caribe). Entretanto, o premiê não confirmou se vai se candidatar a um terceiro mandato, como deu a entender um de seus ministros.
Reuters - 24.02.2003 |
Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido |
O bioquímico David Kelly foi encontrado morto no dia 17 de julho e exames apontaram a causa da morte como suicídio.
Kelly era a principal fonte da emissora pública BBC que afirmou, a partir de supostas informações do cientista, que o governo Blair havia exagerado, deliberadamente, o relatório sobre o arsenal iraquiano em setembro de 2002.
O relatório foi uma das justificativas para o Reino Unido invadir o Iraque ao lado dos Estados Unidos. ''É importante deixar claro que a investigação sobre o caso Kelly continua'', frisou Blair, durante sua entrevista coletiva mensal.
''Queremos que essa história incorreta seja esclarecida'', explicou o chefe de governo britânico, referindo-se à reportagem da BBC.
O premiê mudou o tema da entrevista e ressaltou o balanço econômico de sua gestão. Blair ainda manifestou sua satisfação com o fato de, a partir de sábado (2), tornar-se o primeiro-ministro trabalhista a permanecer mais tempo, sem interrupção, à frente da administração do Reino Unido.
Blair destacou também que o Reino Unido possuía ''as melhores cifras em décadas sobre inflação e desemprego e que o goveno tinha tirado cerca de meio milhão de crianças da pobreza''.
''O governo trabalhista conseguiu combinar eficácia econômica e Justiça Social'', segundo Blair.
Sobre a questão iraquiana, Blair defendeu a posição britânica durante o conflito bélico, afirmando que ''o terrorismo e as armas de destruição em massa eram uma grande ameaça ao século 21''.
''As pessoas têm de saber que o que foi feito no Iraque era justo e já está justificado'', assegurou o premiê.
Quando questionado sobre as armas de destruição em massa, que continuam desaparecidas três meses depois do fim das principais operações militares no Iraque, o primeiro-ministro defendeu o relatório publicado em setembro de 2002.
''Acredito que as informações recebidas pelos nossos serviços de comunicação são verdadeiras'', afirmou Blair. De acordo com o relatório, o regime de Bagdá podia lançar armas químicas ou biológicas em 45 minutos.
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