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01/08/2003 - 03h49

Autor de bolsa de apostas sobre terrorismo deverá deixar o cargo

da Folha de S.Paulo

John Poindexter, responsável pelo projeto do Pentágono que previa a implementação de uma bolsa de apostas sobre os possíveis alvos de terroristas no futuro, vai deixar o seu cargo nas próximas semanas, segundo autoridades americanas que preferiram não se identificar. O pedido formal ainda não teria sido feito.

A provável demissão de Poindexter foi anunciada apenas dois dias após o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, ter decidido cancelar o programa da bolsa de apostas sobre atentados terroristas. O objetivo do projeto era coletar informações sobre possíveis ataques por meio da tendência geral das apostas.

O projeto era da Darpa (sigla em inglês para Agência de Projetos Avançados da Defesa), do Pentágono, e supervisionado por Poindexter, assessor para Segurança Nacional do ex-presidente Ronald Reagan (1981-1989).

Na década de 80, ele foi um dos protagonistas de um escândalo conhecido como Irã-Contras. Foi julgado e considerado culpado de enganar o Congresso. Mas sua condenação foi revogada.

Tanto republicanos quanto democratas no Congresso dos EUA haviam classificado o projeto de "bizarro", "inacreditavelmente estúpido" e "ofensivo". O próprio Rumsfeld fez críticas, afirmando que cancelou o projeto uma hora após tomar conhecimento de seu teor.

Além da reprovação do conceito geral da bolsa, seus críticos afirmaram ainda que o fato de o novo mercado poder ser operado via internet abriria a possibilidade de os próprios terroristas apostarem em datas e locais para atentados e, depois, cometerem as ações.

Outro projeto

Poindexter, almirante da reserva, também tenta, desde o ano passado, criar uma base de dados nos EUA com registros eletrônicos de milhões de pessoas em todo o mundo a partir de informações de agências de viagens, bancos e hospitais.

O projeto, conhecido como TIA (Conhecimento de Informação sobre Terrorismo, na sigla em inglês), tramita no Congresso, mas tem sofrido oposição até entre os governistas preocupados com a potencial ameaça à privacidade de cidadãos americanos.

Com agências internacionais
 

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