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01/08/2003
-
11h28
da France Presse, em Kalkiliya (Cisjordânia)
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, afirmou em entrevista ao jornal israelense "Maariv" publicada hoje que a construção de um "muro de segurança" entre Israel e a Cisjordânia pode pôr em risco o plano internacional de paz para o Oriente Médio.
"A continuação da construção tornará muito difícil a aplicação da próxima fase do plano de paz", disse Powell, referindo-se ao plano internacional para solucionar o conflito israelo-palestino.
Lançado em junho passado, na cúpula de Ácaba (Jordânia), o plano de paz prevê a criação de um Estado palestino até 2005.
Pacifistas israelenses e palestinos fizeram ontem uma manifestação dos dois lados da controvertida linha de segurança edificada por Israel no mesmo dia em que foi anunciado o final da construção da primeira etapa.
As autoridades israelenses consideraram prudente cancelar a cerimônia prevista para a ocasião devido à situação e para não dificultar suas relações com os Estados Unidos, que qualificaram de "problema" a construção da linha de segurança.
Como sinal de protesto simbólico, 200 palestinos e membros do Movimento da Solidaridade Internacional (ISM) fizeram passeata em Kalkiliya, onde a "barreira de segurança" erguida por Israel tomou a forma de um muro de oito metros de altura.
A linha de segurança corta totalmente a cidade de Qalqilya (norte) do resto da Cisjordânia.
Os manifestantes cantavam durante os protestos: "Tijolo a tijolo, muro a muro, a ocupação deve terminar".
Um grupo de 25 soldados israelenses assistia ao lançamento contra o muro, pelos manifestantes, de bolas de tinta vermelha, preta, branca e verde, as cores da bandeira palestina.
Outros escreveram frases como "Destruam o muro", "Liberdade Palestina", "Vergonha para Bush", "Berlim 1953", "Mapa da rota para o apartheid".
Um grupo de pacifistas israelenses chegou de ônibus procedente de Tel Aviv e fez um protesto do outro lado do muro.
Dois enormes globos inflados com hélio que pairavam sobre o muro levavam um cartaz com as palavras: "Não ao muro do apartheid".
"Fechamento de segurança"
O Ministério israelense da Defesa anunciou ontem o fim das obras da primeira etapa da linha de "fechamento de segurança" que compreende 140 quilômetros, medida ditada, segundo ele, por imperativos estritamente de segurança e que não pretende "anexar territórios".
"Foram feitos todos os esforços para mininizar seus inconvenientes no cotidiano dos palestinos", acrescentou. Assim, foram instalados 41 portões ao longo da linha "para permitir aos agricultores palestinos irem para suas terras", afirmou.
Segundo Ali Zeid, membro de um sindicato de agricultores, 56 hectares de plantações foram destruídas durante a construção do muro e mais de 2.000 hectares foram anexados "de fato" por Israel.
"Israel sabe o que faz. Estas são as melhores terras da Cisjordânia porque há muita água. Este muro é minha prisão e meu ataúde, estão matando a fogo lento milhares de pessoas".
Segundo o ISM e outros grupos de defesa dos direitos humanos, Kalkiliya, conhecido como o "armazém" da Cisjordânia, perdeu 35% de suas terras cultiváveis e 33% de seus recursos hídricos por culpa da construção da "barreira de segurança".
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Saiba mais sobre "muro ou barreira de segurança" da Cisjordânia
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Saiba mais sobre o conflito no Oriente Médio
Muro da Cisjordânia coloca plano de paz em risco, diz Powell
da Agência Lusa, em Lisboada France Presse, em Kalkiliya (Cisjordânia)
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, afirmou em entrevista ao jornal israelense "Maariv" publicada hoje que a construção de um "muro de segurança" entre Israel e a Cisjordânia pode pôr em risco o plano internacional de paz para o Oriente Médio.
"A continuação da construção tornará muito difícil a aplicação da próxima fase do plano de paz", disse Powell, referindo-se ao plano internacional para solucionar o conflito israelo-palestino.
Reuters - 7.nov.2002 |
Colin Powell, secretário de Estado dos EUA |
Pacifistas israelenses e palestinos fizeram ontem uma manifestação dos dois lados da controvertida linha de segurança edificada por Israel no mesmo dia em que foi anunciado o final da construção da primeira etapa.
As autoridades israelenses consideraram prudente cancelar a cerimônia prevista para a ocasião devido à situação e para não dificultar suas relações com os Estados Unidos, que qualificaram de "problema" a construção da linha de segurança.
Como sinal de protesto simbólico, 200 palestinos e membros do Movimento da Solidaridade Internacional (ISM) fizeram passeata em Kalkiliya, onde a "barreira de segurança" erguida por Israel tomou a forma de um muro de oito metros de altura.
A linha de segurança corta totalmente a cidade de Qalqilya (norte) do resto da Cisjordânia.
Os manifestantes cantavam durante os protestos: "Tijolo a tijolo, muro a muro, a ocupação deve terminar".
Um grupo de 25 soldados israelenses assistia ao lançamento contra o muro, pelos manifestantes, de bolas de tinta vermelha, preta, branca e verde, as cores da bandeira palestina.
Outros escreveram frases como "Destruam o muro", "Liberdade Palestina", "Vergonha para Bush", "Berlim 1953", "Mapa da rota para o apartheid".
Um grupo de pacifistas israelenses chegou de ônibus procedente de Tel Aviv e fez um protesto do outro lado do muro.
Dois enormes globos inflados com hélio que pairavam sobre o muro levavam um cartaz com as palavras: "Não ao muro do apartheid".
"Fechamento de segurança"
O Ministério israelense da Defesa anunciou ontem o fim das obras da primeira etapa da linha de "fechamento de segurança" que compreende 140 quilômetros, medida ditada, segundo ele, por imperativos estritamente de segurança e que não pretende "anexar territórios".
"Foram feitos todos os esforços para mininizar seus inconvenientes no cotidiano dos palestinos", acrescentou. Assim, foram instalados 41 portões ao longo da linha "para permitir aos agricultores palestinos irem para suas terras", afirmou.
Segundo Ali Zeid, membro de um sindicato de agricultores, 56 hectares de plantações foram destruídas durante a construção do muro e mais de 2.000 hectares foram anexados "de fato" por Israel.
"Israel sabe o que faz. Estas são as melhores terras da Cisjordânia porque há muita água. Este muro é minha prisão e meu ataúde, estão matando a fogo lento milhares de pessoas".
Segundo o ISM e outros grupos de defesa dos direitos humanos, Kalkiliya, conhecido como o "armazém" da Cisjordânia, perdeu 35% de suas terras cultiváveis e 33% de seus recursos hídricos por culpa da construção da "barreira de segurança".
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