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06/08/2003
-
09h28
O prefeito de Hiroshima acusou hoje os Estados Unidos de debilitarem o Tratado de Não-Proliferação Nuclear em um ataque contra a política americana, por ocasião do 58º aniversário do bombardeio atômico da cidade.
"O Tratado de Não-Proliferação Nuclear, acordo internacional central para eliminar as armas nucleares, está sendo desintegrado", afirmou Tadatoshi Akiba, falando a 400 mil pessoas durante a cerimônia anual de evocação do primeiro bombardeio atômico da história, no dia 6 de agosto de 1945.
"A causa principal é a política nuclear dos Estados Unidos, que, evocando abertamente a possibilidade de um ataque preventivo nuclear e determinados a reiniciar as pesquisas sobre as pequenas armas nucleares e outras armas nucleares chamadas 'utilizáveis', parecem venerar as armas nucleares como se fossem um deus", acrescentou.
Em maio, o governo Bush obteve do Senado a suspensão da proibição para fabricar armas nucleares de potência reduzida e o orçamento americano de Defesa para 2004 prevê US$ 15,5 bilhões para o estudo de uma bomba nuclear que possa penetrar no solo.
Akiba também criticou a guerra no Iraque e a morte de inocentes por uma causa considerada duvidosa. "Ainda não foram encontradas as armas de destruição em massa que serviram de pretexto para a guerra", disse.
Ameaça nuclear
O prefeito de Hiroshima pediu a Bush e ao dirigente norte-coreano, Kim Jong Il, que venham pessoalmente a Hiroshima para ver "a realidade da guerra nuclear".
"O mundo sem armas nucleares, que os sobreviventes da bomba [de Hiroshima] reclamam há tanto tempo, parece ameaçado sob uma espessa camada de nuvens escuras que poderão transformar-se de um momento para outro em um cogumelo atômico", acrescentou o prefeito.
Às 8h15 (20h15 de ontem em Brasília), hora em que um bombardeiro americano lançou a bomba sobre a cidade de um Japão em guerra, os participantes da cerimônia, realizada no Parque da Paz, inclinaram a cabeça e observaram um minuto de silêncio.
Três dias após lançarem a bomba sobre Hiroshima, os Estados Unidos lançaram uma segunda bomba sobre Nagasaki, matando umas 74 mil pessoas. No dia 15 de agosto, o Japão se rendeu.
O primeiro-ministro, Junichiro Koizumi, que participou na cerimônia, onde foram libertadas milhares de pombas, disse que o Japão respeitará sua Constituição pacífica e sua política não nuclear, para que as tragédias de Hiroshima e Nagasaki "nunca mais se repitam".
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
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Política nuclear de Bush é criticada no aniversário de Hiroshima
da France Presse, em Hiroshima (Japão)O prefeito de Hiroshima acusou hoje os Estados Unidos de debilitarem o Tratado de Não-Proliferação Nuclear em um ataque contra a política americana, por ocasião do 58º aniversário do bombardeio atômico da cidade.
"O Tratado de Não-Proliferação Nuclear, acordo internacional central para eliminar as armas nucleares, está sendo desintegrado", afirmou Tadatoshi Akiba, falando a 400 mil pessoas durante a cerimônia anual de evocação do primeiro bombardeio atômico da história, no dia 6 de agosto de 1945.
"A causa principal é a política nuclear dos Estados Unidos, que, evocando abertamente a possibilidade de um ataque preventivo nuclear e determinados a reiniciar as pesquisas sobre as pequenas armas nucleares e outras armas nucleares chamadas 'utilizáveis', parecem venerar as armas nucleares como se fossem um deus", acrescentou.
Em maio, o governo Bush obteve do Senado a suspensão da proibição para fabricar armas nucleares de potência reduzida e o orçamento americano de Defesa para 2004 prevê US$ 15,5 bilhões para o estudo de uma bomba nuclear que possa penetrar no solo.
Akiba também criticou a guerra no Iraque e a morte de inocentes por uma causa considerada duvidosa. "Ainda não foram encontradas as armas de destruição em massa que serviram de pretexto para a guerra", disse.
Ameaça nuclear
O prefeito de Hiroshima pediu a Bush e ao dirigente norte-coreano, Kim Jong Il, que venham pessoalmente a Hiroshima para ver "a realidade da guerra nuclear".
"O mundo sem armas nucleares, que os sobreviventes da bomba [de Hiroshima] reclamam há tanto tempo, parece ameaçado sob uma espessa camada de nuvens escuras que poderão transformar-se de um momento para outro em um cogumelo atômico", acrescentou o prefeito.
Às 8h15 (20h15 de ontem em Brasília), hora em que um bombardeiro americano lançou a bomba sobre a cidade de um Japão em guerra, os participantes da cerimônia, realizada no Parque da Paz, inclinaram a cabeça e observaram um minuto de silêncio.
Três dias após lançarem a bomba sobre Hiroshima, os Estados Unidos lançaram uma segunda bomba sobre Nagasaki, matando umas 74 mil pessoas. No dia 15 de agosto, o Japão se rendeu.
O primeiro-ministro, Junichiro Koizumi, que participou na cerimônia, onde foram libertadas milhares de pombas, disse que o Japão respeitará sua Constituição pacífica e sua política não nuclear, para que as tragédias de Hiroshima e Nagasaki "nunca mais se repitam".
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