Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/08/2003 - 07h58

Sobe para 17 número de mortos em ataque a embaixada em Bagdá

da Folha Online

O ataque com um carro-bomba realizado ontem em frente à Embaixada da Jordânia no Iraque deixou 17 mortos, informou Khaled Fajr, funcionário do hospital para onde os corpos foram levados. Os EUA investigam a possivel participação de um grupo ligado à rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, no atentado.

Fajr disse que hoje dois policiais iraquianos feridos no ataque morreram durante a noite, e outros quatro corpos foram encontrados nos escombros da explosão. Cerca de 30 feridos estão recebendo tratamento.

O Exército dos EUA está investigando a possível participação do grupo Ansar Al Islam --suspeito de ligação com a Al Qaeda-- no atentado de ontem, informou o Pentágono.

"A organização que estamos seguros, que sabemos que está no Iraque e na zona de Bagdá é o Ansar Al Islam", declarou ontem o general Norton Schwartz, diretor de operações do Estado-Maior Conjunto dos EUA.

"Não está claro se esta organização em particular está associada com os fatos desta manhã. Talvez isso irá ficar mais claro à medida que formos avançando. Mas é uma organização vinculada à Al Qaeda, e estamos focando nossa atenção nela", afirmou Schwartz.

O general afirmou que ainda não sabe se o atentado foi trabalho de terroristas estrangeiros ou de ex-membros do partido Baath, do ex-presidente Saddam Hussein, ou forças paramilitares.

Ele também não quis opinar sobre a possibilidade de o ataque representar uma mudança nas táticas da guerrilha que coordena a resistência contra as tropas de ocupação americanas.

''Há terroristas no Iraque. Sabemos disso e temos falado sobre o tipo de atividades que temos visto'', afirmou Lawrence Di Rita, assistente do secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, e secretário de imprensa interino do Pentágono.

''Os terroristas utilizam táticas variadas, incluindo este tipo de tática'', explicou Di Rita.

Um carro-bomba explodiu ontem em frente à Embaixada da Jordânia em Bagdá.

Suhaib Salem/Reuters
Iraquianos observam área da embaixada jordaniana em Bagdá atingida pela explosão de um carro-bomba
Após a explosão, que ocorreu às 11h (4h em Brasília), dezenas de iraquianos saquearam a embaixada, arrancaram a bandeira jordaniana e queimaram retratos do rei Abdullah 2º e de seu pai, o falecido rei Hussein.

O motivo do ataque não está claro e nenhum grupo se responsabilizou pela autoria do atentado. A explosão ocorreu uma semana depois de a Jordânia dar asilo a duas filhas do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein.

O general americano Ricardo Sanchez, comandante das tropas terrestres no Iraque, disse que a ação foi feita por ''terroristas profissionais''.

Quatro carros foram destruídos, e os muros da embaixada foram atingidos por um incêndio. Uma parte do muro caiu, e a guarita onde estavam os guardas da embaixada foi projetada contra o pátio da sede diplomática.

O cônsul da Jordânia, Karim Shushan, está entre os feridos, disse Ahmed al-Bakri, médico do hospital Yarmuk. Shushan fraturou a perna direita e também recebeu tratamento para ferimentos internos.

Acredita-se que a bomba tenha sido colocada em um microônibus estacionado do lado de fora da embaixada e detonada à distância. Militares americanos inspecionaram o lugar da explosão, onde um tanque do Exército se posicionou. Outros tanques americanos cercaram a área.

O governo jordaniano classificou o atentado de ''ato criminoso'' e de ''operação terrorista covarde''.

Com agências internacionais

Especial
  • Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página