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09/08/2003 - 03h30

Bush lamenta mortes, mas cita avanços no Iraque

da Folha de S.Paulo

O presidente americano, George W. Bush, foi a público ontem declarar que os EUA obtiveram "um bom progresso" no Iraque e que, a seu ver, o país "está mais seguro". Mas ele lamentou as baixas de soldados americanos em ataques iraquianos no pós-guerra --que chegaram a 55 na véspera.

Passados cem dias desde que anunciou o fim dos principais conflitos, Bush vê a reconstrução iraquiana avançar de forma mais lenta do que previa e as questões domésticas --antes ofuscadas pelo noticiário bélico-- solaparem sua popularidade.

Pesquisa com 2.528 pessoas feita entre 14 de julho e 5 de agosto pelo Pew Research Center, dirigido por Madeleine Albright, ex-secretária de Estado no governo Clinton (1993-2001), mostra que o índice de aprovação do presidente despencou de 74% em abril, no auge da guerra, para 53%. É quase seu pior nível, 50%, registrado em agosto de 2001 --um mês antes dos atentados do 11 de Setembro e logo após uma crise diplomática com a China gerada pela captura de um avião de espionagem americano em território chinês.

Já os entrevistados que se dizem dispostos a reeleger Bush agora são 40%, contra 39% que declararam votar em qualquer candidato democrata --trata-se de um empate técnico, pois a margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Em abril, a diferença era de 11 pontos --46% preferiam Bush, e 35%, um democrata. Como os democratas têm nove pré-candidatos à Presidência, e Bush concentra os votos republicanos, a vantagem do presidente pode cair.

A provável explicação para a perda de popularidade de Bush vem em outra pergunta da enquete: qual deveria ser a prioridade do governo. Em janeiro, 43% viam o combate ao terror --a maior bandeira de Bush-- como prioridade, contra 38% que preferiam a economia. O último estudo mostra uma inversão. Agora, 57% vêem a economia --na qual o desempenho de Bush é criticado-- como prioridade, contra 27% que põem o terror no topo da agenda.

Baixas do pós-guerra

Além disso, as constantes baixas dos EUA no Iraque e o fato de o ex-ditador Saddam Hussein estar foragido fragilizam o discurso de Bush. O presidente já admitira haver "problemas de segurança", mas só agora ele citou as mortes.

"Sofremos ao perder uma vida", disse em entrevista no seu rancho texano, acrescentando que os soldados mortos "participaram de uma parte vital da guerra ao terrorismo", na qual prometeu fazer "todo o necessário para vencer".

Na véspera, a Embaixada da Jordânia em Bagdá sofrera um atentado que deixou ao menos 17 mortos e 65 feridos, segundo o saldo mais recente. Os EUA investigam o possível envolvimento da Al Qaeda, a rede responsável pelo 11 de Setembro, e da Ansar al Islam, uma organização ligada a ela.

Na mesma noite, um soldado americano foi morto a tiros na capital. Em Tikrit (norte), os americanos mataram dois supostos traficantes de armas iraquianos.

Com agências internacionais

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