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09/08/2003
-
10h03
Milhares de camponeses zapatistas e simpatizantes estrangeiros se preparavam hoje para desafiar pacificamente o Estado mexicano com a constituição de "Juntas de Bom Governo" nos territórios controlados pela guerrilha em Chiapas desde 1994.
Pelo menos 5.000 indígenas de diversas etnias atenderam à convocação do subcomandante Marcos, em Oventic, uma pequena localidade situada em Chiapas (a cerca de 1.000 km da capital mexicana), cercada de uma espetacular paisagem montanhosa.
A Constituição mexicana não prevê a autodeterminação, o que os zapatistas exigiram em sua proposta de Lei Indígena, após empunharem as armas em 1994.
Os zapatistas se beneficiaram, contudo, da fórmula de "mancomunar" os 30 municípios que estão em seu poder, sob cinco "Juntas de Bom Governo", encarregadas de administrá-los.
O ato representa também outro revés para o governo do presidente Vicente Fox, que prometeu resolver o problema da insurreição zapatista no início de seu mandato.
O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) decidiu aproveitar o "impasse político" provocado pelas eleições legislativas de 6 de julho passado, que deixaram em desvantagem o partido de Fox.
"Não creio que o anúncio seja produto da situação política, mas está claro que a conjuntura foi aproveitada", disse Pedro Raul López Hernández, presidente da Comissão estatal de Direitos Humanos de Chiapas.
O encapuzado subcomandante zapatista, que voltou a convocar seus partidários a uma demonstração pacífica de força, jogou de novo para a opinião pública nacional e internacional.
"Nós zapatistas estamos aqui e aqui ficaremos", lê-se em um dos cartazes da convocação, junto a murais de Emiliano Zapata e Che Guevara.
O ambiente é mais festivo do que reivindicativo, com bandas de música e comidas típicas.
Em Chiapas, um estado de 4 milhões de habitantes (o de maior proporção indígena do México, superior a 60%) e um dos mais pobres do país, a importância do desafio zapatista é mais política do que real.
O Governo decidiu não impor obstáculos ao evento e não houve controles policiais e militares nos acessos.
Zapatistas desafiam governo mexicano
da France Presse, no MéxicoMilhares de camponeses zapatistas e simpatizantes estrangeiros se preparavam hoje para desafiar pacificamente o Estado mexicano com a constituição de "Juntas de Bom Governo" nos territórios controlados pela guerrilha em Chiapas desde 1994.
Pelo menos 5.000 indígenas de diversas etnias atenderam à convocação do subcomandante Marcos, em Oventic, uma pequena localidade situada em Chiapas (a cerca de 1.000 km da capital mexicana), cercada de uma espetacular paisagem montanhosa.
A Constituição mexicana não prevê a autodeterminação, o que os zapatistas exigiram em sua proposta de Lei Indígena, após empunharem as armas em 1994.
Os zapatistas se beneficiaram, contudo, da fórmula de "mancomunar" os 30 municípios que estão em seu poder, sob cinco "Juntas de Bom Governo", encarregadas de administrá-los.
O ato representa também outro revés para o governo do presidente Vicente Fox, que prometeu resolver o problema da insurreição zapatista no início de seu mandato.
O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) decidiu aproveitar o "impasse político" provocado pelas eleições legislativas de 6 de julho passado, que deixaram em desvantagem o partido de Fox.
"Não creio que o anúncio seja produto da situação política, mas está claro que a conjuntura foi aproveitada", disse Pedro Raul López Hernández, presidente da Comissão estatal de Direitos Humanos de Chiapas.
O encapuzado subcomandante zapatista, que voltou a convocar seus partidários a uma demonstração pacífica de força, jogou de novo para a opinião pública nacional e internacional.
"Nós zapatistas estamos aqui e aqui ficaremos", lê-se em um dos cartazes da convocação, junto a murais de Emiliano Zapata e Che Guevara.
O ambiente é mais festivo do que reivindicativo, com bandas de música e comidas típicas.
Em Chiapas, um estado de 4 milhões de habitantes (o de maior proporção indígena do México, superior a 60%) e um dos mais pobres do país, a importância do desafio zapatista é mais política do que real.
O Governo decidiu não impor obstáculos ao evento e não houve controles policiais e militares nos acessos.
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