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12/08/2003 - 08h35

Hamas reivindica ataque suicida na Cisjordânia

da Folha Online

O grupo extremista islâmico Hamas reivindicou hoje o ataque suicida no qual morreu um israelense, além do homem-bomba, na entrada do assentamento judaico de Ariel, no norte da Cisjordânia.

Um indivíduo que não se identificou reivindicou o ataque em nome do Izzedin al Qassam, braço armado do Hamas, informando que o homem-bomba se chamava Yussef Ekfechi, tinha 21 anos e procedia da cidade de Nablus (norte da Cisjordânia).

Uma pessoa morreu quando o suicida explodiu um ponto de ônibus perto de Ariel. Segundo o comandante da polícia israelense, Shlomo Aharonichki, o ataque deixou dois feridos.

"O homem-bomba se matou na entrada de Ariel e seu corpo foi encontrado destroçado pela explosão", disse o dirigente da localidade, Ron Nahman, à rádio pública israelense.

Em outro ataque, que ainda não foi reivindicado por nenhum grupo, em um shopping center na cidade de Rosh Ha'ayin, no centro de Israel, uma pessoa foi morta e dez ficaram feridas na explosão de um homem-bomba.

Toda a região de Kfar Saba, próxima da "linha verde" que separa Israel da Cisjordânia e de frente para a cidade palestina de Qalqiliya, foi cercada pela polícia israelense depois dos ataques.

Dirigentes dos grupos radicais palestinos Hamas e Jihad Islâmico atribuíram hoje a Israel a responsabilidade pela ruptura da trégua de três meses que observavam desde 29 de junho.

O porta-voz do Hamas, Ismail Haniye, afirmou que seu movimento continua comprometido com a trégua, mas acrescentou: "O inimigo israelense é responsável pela situaçção porque rejeitou o cessar-fogo e adotou uma posição radical".

O porta-voz do Jihad Islâmico, Mohammad Al Hindi, disse por sua vez: "Israel é responsável pela violência [...]. Eles [os israelenses] não respeitam o cessar-fogo e continuam seus ataques contra o povo palestino desde o início da trégua".

As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, um grupo armado ligado ao Fatah do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, não fizeram comentários por enquanto.

Alguns grupos locais deste movimento não aceitaram a trégua e reivindicaram a autoria de vários atentados cometidos desde o dia 29 de junho.

Os ataques ameaçam o plano internacional de paz para o Oriente Médio --elaborado por ONU (Organização das Nações Unidas), UE (União Européia) Rússia e EUA-- já enfraquecido por recriminações mútuas entre Israel e palestinos. O plano prevê, entre outras medidas, a criação de um Estado palestino até 2005.

Com agências internacionais

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