Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/08/2003 - 15h37

Conselho de Segurança da ONU saúda administração interina iraquiana

da Folha Online

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou hoje uma resolução em que saúda a criação do Conselho de Governo Iraquiano, mas não o reconhece formalmente como esperava Washington.

O projeto, aprovado por 14 votos e uma abstenção, também autoriza o envio de uma missão para supervisionar os trabalhos das Nações Unidas para a reconstrução do país e o estabelecimento de um governo democrático.

A Síria se absteve em razão de sua oposição em aprovar um conselho iraquiano indicado pelos EUA.

Contrariamente ao que pretendia os EUA, a resolução 1500 se limita a declarar que o Conselho de Segurança ''aprova o estabelecimento'' desse organismo e aprecia seu ''caráter amplamente representativo''.

A criação do órgão, assinala o texto, ''constitui uma etapa importante para a formação, pelo povo iraquiano, de um governo representativo internacionalmente reconhecido, que exercerá a soberania do Iraque''.

Este trecho, segundo diplomatas, destaca o fato de que o conselho não é o governo representativo do Iraque, nem um membro da comunidade internacional.

Os EUA, autores do projeto de resolução, haviam proposto inicialmente uma fórmula que iria conferir legitimidade e reconhecimento internacional ao conselho de governo transitório.

Os 25 membros do conselho iraquiano, que entrou em funcionamento em 13 de julho, foram eleitos pelo administrador americano no Iraque, Paul Bremer, que tem o direito de veto sobre suas decisões.

Missão da ONU

A resolução determina a permanência, por um período inicial de doze meses, da nova Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque, como havia pedido o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. A missão, até agora, tinha suas operações financiadas por um fundo de emergência. O mandato oficial permite a obtenção de recursos do orçamento regular da ONU.

''Com essa declaração de apoio para o Conselho de Governo do Iraque, abrevia-se o dia em o povo do Iraque estará com total controle sobre seus assuntos, uma situação que eles não conheciam por cerca de três décadas'', declarou o embaixador americano na ONU, John Negroponte após a aprovação.

O embaixador sírio para as Nações Unidas, Mikhail Wehbe, havia pedido mudanças na resolução, alegando, que apenas a população iraquiana poderia julgar seu próprio governo e que não seria um papel para a ONU saudar um conselho de governo indicado pelos EUA.

Wehbe também exigiu a inclusão de uma referência à soberania iraquiana e de um cronograma para a volta de uma administração escolhida pelos iraquianos, mas não obteve êxito.

Quase cinco meses depois da decisão do Conselho de Segurança de não autorizar a Guerra do Iraque, a ocupação do país pelos EUA e o Reino Unido continua sendo um assunto delicado, principalmente para as nações árabes.

A Liga Árabe declarou, em 4 de agosto, que seus membros --incluindo a Síria-- não iriam reconhecer o Conselho de Governo e que aguardariam a escolha de um governo eleito pelo povo iraquiano.

Com agências internacionais

Especial
  • Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página