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15/08/2003 - 11h38

Nicanor Duarte assume como novo presidente do Paraguai

da France Presse, em Assunção

Nicanor Duarte prestou juramento hoje como novo presidente do Paraguai e prometeu fazer um governo "honesto" e promover um modelo de "desenvolvimento com rosto humano".

Com 92% de imagem positiva entre os paraguaios, segundo pesquisas locais, o novo mandatário se pronunciou contra o neoliberalismo que "tem sido um fracasso porque nega a dignidade humana".

Em seu discurso, Duarte disse que "a honestidade está ausente há muito tempo do país", numa clara referência às denúncias de corrupção que perseguem seu antecessor, Luis González Macchi.

Duarte é o 46º presidente da história do Paraguai, em meio a uma situação econômica crítica, com um país à beira da moratória e com uma alta taxa de desemprego --16% da população economicamente ativa, de 2,5 milhões de pessoas, ou 32%, se for levado em conta o subemprego, ou seja, 800 mil pessoas com problemas de emprego.

Saída

Macchi passou a faixa presidencial e o bastão de comando ante o Congresso paraguaio, em reunião plenária. Em um discurso friamente acolhido pelos parlamentares, reconheceu que sua gestão à frente do Executivo deixou poucos resultados.

"Reconhecemos que não obtivemos os resultados desejados na luta contra a corrupção, no objetivo de elevar os níveis de crescimento econômico, na solução dos problemas sociais, na reativação econômica no setor industrial", disse o agora ex-presidente, que também criticou o Congresso por falta de cooperação.

Ontem, um juiz proibiu a saída de Macchi do país após deixar a Presidência, até que responda às acusações de desvio de dinheiro público para uma conta do Citibank em Nova York, um montante de US$ 16 milhões.

Presença

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner (Argentina), Jorge Batlle (Uruguai), Gonzalo Sánchez de Lozada (Bolívia), Álvaro Uribe (Colômbia), Hugo Chávez (Venezuela), Lucio Gutiérrez (Equador), Ricardo Lagos (Chile) e Fidel Castro (Cuba), assim como o príncipe herdeiro espanhol, Felipe de Borbón, são alguns dos convidados à posse.

A cerimônia foi cercada por um rigoroso dispositivo de segurança, para o qual foram mobilizados quase 4.000 homens, tanto policiais como militares.
 

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