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15/08/2003 - 16h29

Israel deve entregar o controle de quatro cidades na Cisjordânia

da Folha Online

O governo israelense concordou com a retirada de suas tropas de quatro cidades da Cisjordânia nas próximas duas semanas, transferindo o controle da segurança para os palestinos, afirmou o chefe de segurança palestino, Mohammad Dahlan.

O acordo foi alcançado hoje, em Jerusalém, em uma reunião entre Dahlan e o ministro israelense de Defesa, Shaul Mofaz. ''O encontro foi muito construtivo'', disse a autoridade palestina.

As cidades a serem entregues ao controle da ANP (Autoridade Nacional Palestina) são Qalqilya, Jericó, Ramallah e Tulkarem. As informações não foram confirmadas oficialmente até agora por autoridades israelenses.

Segundo a rádio pública de Israel, o Estado judeu restituirá o controle de Jericó e Qalqilya ao palestinos na próxima semana. Os israelenses somente devem retirar-se de Ramallah e Tulkarem em duas semanas, caso não ocorram atentados contra alvos israelenses e com a condição de que os palestinos apresentem um plano de combate às ações de extremistas, de acordo com a rádio.

Segundo um porta-voz de Dahlan, Elias Zananiri, os detalhes da operação devem ser definidos no domingo (17), entre autoridades de segurança israelenses e palestinas.

A TV Israel também indicou que as forças israelenses devem permitir que o presidente da ANP, Iasser Arafat, viaje para a faixa de Gaza para visitar a sepultura de sua irmã, recentemente falecida.

A permissão para Arafat deixar o seu quartel-general, em Ramallah, será a primeira em quase dois anos, depois que as tropas israelenses impuseram um cerco ao líder palestino.

O recuo das tropas israelenses para posições mantidas antes do levante palestino contra a ocupação dos judeus, em setembro de 2000, é um dos pontos mais importantes do plano internacional de paz. Na primeira fase, Israel saiu de partes da faixa de Gaza e da cidade de Belém (Cisjordânia).

Entretanto, Israel disse que não se retiraria de outros locais até que a ANP começasse a desmantelar os grupos extremistas, como consta no plano de paz. Dahlan reiterou hoje que não vai usar a força militar contra Hamas, Jihad Islâmico e membros do movimento Fatah, de Arafat.

''Nós vamos lidar com as facções políticas palestinas do nosso modo'', afirmou Dahlan.

O entendimento foi obtido em um momento de tensão sobre o futuro do plano internacional de paz. Uma trégua unilateral declarada pelos militantes em 29 de junho foi abalada após dois atentados suicidas e ameaças de vingança.

Com agências internacionais

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