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03/09/2009 - 11h00

Futuro premiê japonês tranquiliza EUA por relações bilaterais

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da Folha Online

O futuro premiê japonês, Yukio Hatoyama, recebeu nesta quinta-feira o embaixador norte-americano em Tóquio, capital do Japão, na tentativa de reiterar sua aliança com Washington a despeito das promessas eleitorais de que adotaria uma política externa mais independente.

Hatoyama é o líder do Partido Democrático, cuja vitória na eleição da semana passada deve marcar o fim de meio século de hegemonia quase ininterrupta do conservador Partido Liberal Democrático. O partido tinha na aliança com Washington o elemento central da sua política de defesa.

A maioria dos analistas diz, porém, que Hatoyama não deve promover uma guinada radical depois de assumir a chefia de governo, no próximo dia 16. Em ligação telefônica a Obama, Hatoyama reafirmou que as relações com os Estados Unidos continuarão no centro da política externa do Japão, depois de sua primeira conversa com o presidente americano Barack Obama.

Hatoyama falou por telefone com Obama durante 12 minutos. "Eu disse a ele que queremos edificar relações construtivas e com o olhar voltado para o futuro", explicou.

O futuro premiê e o embaixador americano John Roos buscaram na quinta-feira salientar seus interesses comuns --o que incluiu reminiscências da época de faculdade.

"Conversamos sobre as relações muito profundas entre Estados Unidos e Japão", disse Roos depois do encontro, que começou com bate-papo informal sobre a Universidade Stanford, onde ambos estudaram, e o futebol americano. Hatoyama mostrou ao visitante um capacete de futebol americano com um "S" de Stanford.

"Passamos bastante tempo conversando sobre como reforçar e aprofundar ainda mais essa relação em uma ampla gama de questões, não só questões estratégicas, mas questões científicas, culturais (...), porque os dois países têm valores compartilhados e interesses compartilhados."

"Temos muito trabalho a fazer, mas vamos fazê-lo juntos", acrescentou Roos, advogado que fez importantes doações eleitorais à campanha do presidente Barack Obama e assumiu o cargo em Tóquio no mês passado.

Estranhamento mútuo

Hatoyama provocou estranhamento em Washington com um recente ensaio, publicado em inglês, no qual atacava o "fundamentalismo incontido do mercado", que seria uma marca da globalização liderada pelos EUA. Posteriormente, ele buscou minimizar esses comentários.

Mas autoridades dos EUA, inclusive o próprio Roos, também causaram estranhamento em Tóquio ao reiterar de modo incisivo a posição norte-americana de que a presença militar dos EUA no Japão é inegociável.

"Obama precisa passar um recado a todo o seu governo para morder a língua, ou do contrário eles irão provocar uma briga", disse o professor Gerry Curtis, da Universidade Columbia.

"A política interna do Partido Democrático do Japão e da sua coalizão não lhes permite simplesmente abandonar sua plataforma poucos dias depois da eleição. Mas lhes dê alguns poucos meses e haverá formas de lidar com essas questões."

Os democratas japoneses, que incluem ex-integrantes do Partido Liberal Democrático, ex-socialistas e conservadores mais jovens, tentam formar uma coalizão com dois pequenos partidos, inclusive os Social-Democratas, de esquerda, cujo apoio seria necessário no Senado.

Com agências internacionais

Comentários dos leitores
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
Obrigado pela dica! Um bom documentario sobre o poder dos bancos. sem opinião
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Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Para J.R.:
Interessante seu conhecimento de política internacional, mas falta um esclarescimento:
Assista ao documentário de Charlie Sheen "a verdade liberta voce" no youtube. Vai gostar de ligar os pontinhos...
sem opinião
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Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Bom, vamos esperar que parte desses BILHÕES sejam destinados à retirada de tropas dos países que eles invadiram. E esperar que este valor não seja atrelado à dívida externa dos mesmos... 4 opiniões
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