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21/08/2003 - 16h28

Hamas anuncia fim de cessar-fogo e pede vingança

da Folha Online

O grupo extremista islâmico Hamas anunciou hoje o fim da trégua de ataques contra israelenses e pediu a seus militantes que vinguem o assassinato de um dos seus chefes, Ismail Abu Shanab, morto em um bombardeio israelense em Gaza.

Antes do ataque em Gaza, escavadeiras israelenses destruíram várias casas nas cidades de Jenin e Nablus (Cisjordânia), dando início a uma represália contra o atentado suicida que matou 20 pessoas em Jerusalém na terça-feira (19).

Em um comunicado, o Izzedin al Qassam, braço armado do Hamas, disse hoje que "ordena os combatentes que se vinguem rapidamente e com firmeza [a morte de Ismail Abu Shanab] e ataquem alvos da entidade sionista [Israel]".

"Os sionistas mataram o cessar-fogo e a resposta do Izzedin al Qassam chegará", diz o comunicado.

As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligadas ao Fatah (grupo político do líder palestino Iasser Arafat), também advertiram que a morte de Abu Shanab será rapidamente vingada.

"Chegou a hora de dar uma lição inesquecível a nosso inimigo", afirmaram as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, por meio de um comunicado.

Além do Hamas, Khaled al Batesh, um dos líderes do grupo extremista Jihad Islâmico, também anunciou o fim do cessar-fogo. "Após a morte de Abu Shanab, Ariel Sharon [primeiro-ministro de Israel] pôs fim ao acordo de trégua."

O cessar-fogo, decretado no dia 29 de junho pelos grupos extremistas palestinos Hamas, Jihad Islâmico e Fatah --e no dia seguinte pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa--, estava condicionado ao fim dos assassinatos de militantes palestinos pelas forças israelenses. Mas Israel jamais reconheceu esta condição.

Ataque

Abu Shanab era um importante membro do Hamas. Além dele, dois de seus guarda-costas morreram quando o carro em que viajavam foi atingido por um dos mísseis lançados por Israel. Outras pessoas teriam ficado feridas, segundo informações de testemunhas que estavam no local.

As redes de TV mostraram ao vivo as cenas dos locais atingidos pelos mísseis. Uma grande coluna de fumaça podia ser vista saindo do veículo atingido.

Segundo uma fonte do governo de Israel, as forças israelenses operam desde a noite de ontem no setor de Nablus, considerado um local de forte presença de organizações terroristas.

Pelo menos três ativistas palestinos procurados por Israel foram detidos. Segundo um Exército de Israel, importantes quantidades de explosivos e material subversivo também foram apreendidas.

O Exército também informou que dez supostos suicidas também foram detidos na região de Nablus desde a proclamação unilateral de uma trégua na violência contra Israel, ocorrida em 29 de junho.

Com agências internacionais

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