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22/08/2003 - 20h13

Veja quem são os principais candidatos a prefeito de Buenos Aires

da France Presse, em Buenos Aires

Mauricio Macri, 44, de origem italiana, é o principal adversário do prefeito Aníbal Ibarra nas eleições de domingo (24) na capital argentina. Partidário do liberalismo, é membro de um dos maiores conglomerados empresariais do país, englobando montadoras de carros, além de presidente do popular clube de futebol Boca Juniors.

Algumas dúvidas que pesaram sobre a administração de bens da família obrigaram seu pai a anunciar, no começo de julho, a venda de indústrias e empresas de serviço, entre elas 15 empresas na Argentina e sete no Brasil, com um volume anual de negócios de 2 bilhões de pesos (US$ 711 milhões) e 27 mil empregados.

Começou a carreira como analista na Sideco Americana e depois escalou posições nos grupos Performar e Fernando Marín Produções. Quando assumiu o Boca, renunciou às empresas.

Os portenhos ainda têm na memória, no entanto, as suspeitas que pesam sobre o grupo, acusado de ter se beneficiado com as privatizações da década de 1990 na época do então presidente Carlos Menem.

O candidato tornou-se presidente do clube em dezembro de 1995, com a imagem de um empresário jovem, milionário e polêmico.

Com essa eleição, a primeira de sua vida, Macri filho consegue projetar-se do mundo dos negócios para um empreendimento muito mais ambicioso: conquistar a cidade de Buenos Aires.

Nasceu em Tandil, cidade serrana do interior da Província de Buenos Aires.

Fez o curso secundário no colégio exclusivo Cardeal Newman, um bairro elegante portenho, dirigido por padres irlandeses.

Estudou engenharia na Universidade Católica Argentina (UCA), e fez pós-graduação na Universidade de Columbia.

Seu pai começou a levantar seu império com a construtora Demaco.

Foi casado durante 10 anos e teve três filhos. Atualmente vive com a ex-modelo Isabel Menditeguy.

Em busca da reeleição

Aníbal Ibarra, candidato à reeleição à prefeitura de Buenos Aires, é um ex-promotor que participou do julgamento civil dos comandantes da última ditadura argentina. Ele realiza uma gestão polêmica na capital do país e tem como aliado o presidente Nestor Kirchner.

Ibarra foi eleito em 2000 com 49,3% dos votos, 16 pontos a mais que o ex-ministro da Economia Domingo Cavallo.

Dirigente da Frente Grande portenha, ele é o único aliado do ex-vice-presidente Carlos Alvarez que sobreviveu num cargo de relevância depois da crise de dezembro de 2001, que provocou a renúncia do ex-presidente Fernando De la Rúa.

As rugas e cabelos brancos que acumulou em três anos de uma rígida gestão não abalaram sua imagem de galã de 45 anos, divorciado e pai de dois filhos.

Ibarra afirma que merece a reeleição porque conseguiu governar a capital argentina durante a pior crise da história do país.

Advogado de estilo informal, é conhecido por sua falta de pontualidade, que só abandonou para cumprir o horário num encontro com Fidel Castro, em Cuba, no ano 2000.

Depois de derrotar Cavallo em 2000, Ibarra tem como principal adversário este ano outro centro-direitista, o empresário Mauricio Macri, que ele sempre tenta associar ao ex-presidente Carlos Menem.

Dessa maneira, obteve o apoio do presidente Néstor Kirchner, que compareceu a atos de sua campanha.

Filho de um paraguaio expulso de seu país pela ditadura de Alfredo Stroessner, Ibarra começou a se envolver com a política na turbulenta década de 70 como militante da Federação Juvenil Comunista.
 

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