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26/08/2003
-
17h28
da France Presse, em Londres
O premiê britânico, Tony Blair, que vai depor na quinta-feira (28) nas audiências de investigação sobre a morte do especialista em armas David Kelly, volta às suas obrigações políticas depois das férias de verão na sexta-feira (29).
De volta ao gabinete de Downing Street, após três semanas de férias em Barbados, Blair vai enfrentar as consequências do caso Kelly. Quase todos os projetos governamentais, encabeçados pela questão do euro, podem ficar estancados à espera das conclusões do juiz Brian Hutton, segundo análises publicadas hoje na imprensa britânica.
Blair já sofreu alguns reveses no Parlamento em relação a alguns projetos, antes mesmo das férias, como a reforma do sistema de saúde, quando viu sua maioria se evaporar. Mais enfraquecido ainda, o premiê deve enfrentar, a partir de setembro, uma resistência maior para impor seu programa político, segundo jornais como o "Daily Telegraph".
Em 10 de junho, Blair e seu ministro das Finanças, Gordon Brown, elogiaram as conquistas européias e anunciaram uma ampla campanha para "construir um consenso pró-europeu" no Reino Unido, com numerosos "discursos e giros" sobre a questão.
Mas esta questão caiu no esquecimento. "O momento em que Tony Blair decidiu agir é o momento em que o país deixou de acreditar nele", diz o "Daily Telegraph". "O professor David Kelly transformou um referendo sobre o euro em algo impensável", acrescenta o editorial desse jornal de direita.
Credibilidade em baixa
Segundo uma pesquisa do instituto ICM publicada no sábado (23), 67% das pessoas interrogadas afirmam que se sentiram enganadas sobre a questão das armas de destruição em massa iraquianas e 61% concordam com as afirmativas da BBC segundo as quais Downing Street exagerou deliberadamente o informe do arsenal iraquiano publicado em setembro de 2002.
Blair, o premiê trabalhista que mais tempo esteve sem interrupção no poder, pode aguardar um outono especialmente problemático.
Seu primeiro objetivo é evitar comparecer como acusado na quinta-feira quando depuser ao juiz Hutton sobre as circunstâncias que podem ter provocado o suicídio de David Kelly.
A imprensa tem dado por confirmada a demissão de Alastair Campbell, diretor de comunicação e braço direito de Blair. O premiê também pode sacrificar um de seus mais fiéis ministros, o da Defesa, Geoff Hoon, o que enfraqueceria mais ainda sua situação depois das renúncias de dois dos políticos mais populares de seu governo, Robin Cook e Clare Short, por não concordarem com a política britânica quanto ao Iraque.
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Blair volta de férias e depõe no caso Kelly
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O premiê britânico, Tony Blair, que vai depor na quinta-feira (28) nas audiências de investigação sobre a morte do especialista em armas David Kelly, volta às suas obrigações políticas depois das férias de verão na sexta-feira (29).
De volta ao gabinete de Downing Street, após três semanas de férias em Barbados, Blair vai enfrentar as consequências do caso Kelly. Quase todos os projetos governamentais, encabeçados pela questão do euro, podem ficar estancados à espera das conclusões do juiz Brian Hutton, segundo análises publicadas hoje na imprensa britânica.
Reuters - 24.02.2003 |
Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido |
Em 10 de junho, Blair e seu ministro das Finanças, Gordon Brown, elogiaram as conquistas européias e anunciaram uma ampla campanha para "construir um consenso pró-europeu" no Reino Unido, com numerosos "discursos e giros" sobre a questão.
Mas esta questão caiu no esquecimento. "O momento em que Tony Blair decidiu agir é o momento em que o país deixou de acreditar nele", diz o "Daily Telegraph". "O professor David Kelly transformou um referendo sobre o euro em algo impensável", acrescenta o editorial desse jornal de direita.
Credibilidade em baixa
Segundo uma pesquisa do instituto ICM publicada no sábado (23), 67% das pessoas interrogadas afirmam que se sentiram enganadas sobre a questão das armas de destruição em massa iraquianas e 61% concordam com as afirmativas da BBC segundo as quais Downing Street exagerou deliberadamente o informe do arsenal iraquiano publicado em setembro de 2002.
Blair, o premiê trabalhista que mais tempo esteve sem interrupção no poder, pode aguardar um outono especialmente problemático.
Seu primeiro objetivo é evitar comparecer como acusado na quinta-feira quando depuser ao juiz Hutton sobre as circunstâncias que podem ter provocado o suicídio de David Kelly.
A imprensa tem dado por confirmada a demissão de Alastair Campbell, diretor de comunicação e braço direito de Blair. O premiê também pode sacrificar um de seus mais fiéis ministros, o da Defesa, Geoff Hoon, o que enfraqueceria mais ainda sua situação depois das renúncias de dois dos políticos mais populares de seu governo, Robin Cook e Clare Short, por não concordarem com a política britânica quanto ao Iraque.
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