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27/08/2003
-
03h49
JULIANA RANGEL
da Folha de S.Paulo, do Rio
O brasileiro Sérgio Vieira de Mello não queria assumir o comando da missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no Iraque. A afirmação foi feita ontem pela mãe do diplomata, Gilda Vieira de Mello, 85, em sua primeira entrevista desde o atentado que matou seu filho, na terça-feira passada, em Bagdá.
"Ele dizia: 'Mamãe, eu não quero ir para o Iraque'", disse. "Ele havia sido nomeado oito meses antes para o cargo de alto comissário para Direito Humanos. Ele já estava muito entrosado com o trabalho e queria continuar [na função]", acrescentou.
Segundo Gilda, Vieira de Mello já havia alertado a ONU sobre as emboscadas contra os soldados americanos no país e lutava para estabelecer um "governo de base" iraquiano. "Ele pretendia fazer o que fazia sempre: visitar todas as cidades para comunicar que estava lá para ajudar. E pedia o tempo todo que fosse formado um governo de base com iraquianos, e não com estrangeiros. Mas isso era muito difícil", disse.
A mãe do diplomata contou ainda que recebeu centenas de mensagens e cartas de apoio após a morte do filho. Entre as pessoas que enviaram cartas está o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Ela disse que ainda não teve coragem de ler essas mensagens. Emocionada, afirmou ter pressentido a morte do filho dois dias antes do atentado em Bagdá, ao ler sua última entrevista (ao "Jornal do Brasil").
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
Vieira de Mello não queria ir para o Iraque, diz mãe
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da Folha de S.Paulo, do Rio
O brasileiro Sérgio Vieira de Mello não queria assumir o comando da missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no Iraque. A afirmação foi feita ontem pela mãe do diplomata, Gilda Vieira de Mello, 85, em sua primeira entrevista desde o atentado que matou seu filho, na terça-feira passada, em Bagdá.
"Ele dizia: 'Mamãe, eu não quero ir para o Iraque'", disse. "Ele havia sido nomeado oito meses antes para o cargo de alto comissário para Direito Humanos. Ele já estava muito entrosado com o trabalho e queria continuar [na função]", acrescentou.
Segundo Gilda, Vieira de Mello já havia alertado a ONU sobre as emboscadas contra os soldados americanos no país e lutava para estabelecer um "governo de base" iraquiano. "Ele pretendia fazer o que fazia sempre: visitar todas as cidades para comunicar que estava lá para ajudar. E pedia o tempo todo que fosse formado um governo de base com iraquianos, e não com estrangeiros. Mas isso era muito difícil", disse.
A mãe do diplomata contou ainda que recebeu centenas de mensagens e cartas de apoio após a morte do filho. Entre as pessoas que enviaram cartas está o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Ela disse que ainda não teve coragem de ler essas mensagens. Emocionada, afirmou ter pressentido a morte do filho dois dias antes do atentado em Bagdá, ao ler sua última entrevista (ao "Jornal do Brasil").
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