Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/08/2003 - 11h30

Reconstrução do Iraque precisa de bilhões de dólares, diz Bremer

Publicidade

da Folha Online

O Iraque precisará de "várias dezenas de bilhões de dólares" em contribuições estrangeiras no próximo ano para financiar os esforços de reconstrução, disse o administrador norte-americano no Iraque, Paul Bremer, em entrevista publicada hoje pelo jornal "The Washington Post".

Bremer afirmou que a arrecadação iraquiana não será suficiente para cobrir as despesas.

Segundo Bremer, o Iraque precisa de US$ 2 bilhões em 12 meses para cobrir as necessidades de energia elétrica e de US$ 16 bilhões em quatro anos para fornecer água potável à população.

Os números, que não incluem os US$ 4 bilhões que o Pentágono gasta por mês com as operações militares no Iraque, são as mais recentes evidências de que o preço da ocupação no país está aumentando de maneira significativa, segundo o "Washington Post".

Sabotagem

Os cálculos de Bremer ocorrem no momento em que o Congresso dos EUA prevê um déficit de US$ 480 milhões para o ano fiscal de 2004. Além disso, aumentam as críticas à ocupação do Iraque, que no pós-guerra deixou mais militares americanos mortos que durante os combates de 20 de março a 1º de maio.

A sabotagem e os saques impedem que o Iraque arrecade dinheiro rápido com a venda de petróleo.

Bremer disse esperar que a produção de petróleo iraquiano volte aos níveis pré-guerra até outubro de 2004. Mas lembrou que, mesmo se isso acontecer, a indústria não produzirá receita suficiente para cobrir os custos da reconstrução.

Bremer, que está em Washington nesta semana para reuniões sobre as finanças do Iraque, ressaltou que um "diálogo muito intenso" está em curso com o governo provisório iraquiano sobre a necessidade de abertura do país para investimento estrangeiro.

ONU

Muitos países relutam em ajudar nos esforços de manutenção da paz e reconstrução do Iraque sem que a ONU (Organização das Nações Unidas) tenha mais autoridade no pós-guerra.

Bremer questiona as exigências de mais responsabilidade para o órgão. "O que exatamente ocorre que faz que as coisas andem melhor se a ONU está a cargo da reconstrução? Como melhora a situação?"

Bremer negou que a situação no Iraque esteja caótica. "O Iraque não é um país em caos, e Bagdá não é uma cidade em caos."

Segundo ele, os ataque contra as forças americanas pela resistência iraquiana "não impõem uma ameaça estratégica". "Esses ataques estão confinados ao norte do Iraque, entre Bagdá e Tikrit."

Bremer também disse que a coalizão anglo-americana estava preparando para entregar 37 ex-dirigentes iraquianos detidos ao novo governo, após o estabelecimento de tribunais. "Estamos ansiosos de ver que sejam julgados pelo seu próprio povo."

Com agências internacionais

Especial
  • Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página