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27/08/2003 - 18h18

Blair depõe amanhã na investigação sobre a morte de David Kelly

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da France Presse, em Londres
da Folha Online

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, viverá amanhã um dos dias mais difíceis de sua carreira, ao prestar depoimento ante o juiz que investiga as circunstâncias que levaram ao suposto suicídio do especialista em armas do governo David Kelly.

A audiência de amanhã, como aconteceu com a das demais testemunhas, estará aberta ao público e à imprensa, mas não será transmitida pela televisão.

Ao voltar de três semanas de férias em Barbados com a família, Blair trancou-se na sexta-feira (22) com os advogados na residência do primeiro-ministro em Chequers, oeste de Londres, para preparar sua declaração.

As cerca de 9.000 páginas de documentos publicadas no sábado (23) na internet foram mais que comprometedoras para Tony Blair e seu governo sobre o modo como foi revelado à imprensa o nome do cientista David Kelly, e sobre a elaboração do polêmico informe de setembro de 2002 sobre o arsenal iraquiano.

Downing Street desmentiu firmemente as acusações da BBC, baseadas nas declarações de Kelly, segundo as quais o governo britânico havia ''exagerado'' o informe sobre o armamento iraquiano para justificar a guerra.

''Mal-estar''

O ministro da Defesa do Reino Unido, Geoff Hoon, admitiu hoje ante o juiz James Hutton, encarregado de esclarecer o caso Kelly, que dois membros dos serviços secretos mostraram mal-estar pela ''linguagem'' usada no dossiê do governo britânico sobre o Iraque.

Hoon se tornou hoje o primeiro ministro do governo britânico a comparecer ante o juiz Hutton, que investiga a morte do cientista David Kelly.

Segundo vários meios de comunicação britânicos, Hoon deverá pedir demissão quando Hutton apresentar suas conclusões e será a principal baixa do governo trabalhista que vive seu momento mais difícil desde que, há seis anos, chegou ao poder.

Kelly, especialista em armas de destruição em massa e assessor do Ministério da Defesa, Kelly, foi encontrado morto, com o pulso esquerdo cortado, em um bosque perto de sua casa, no dia 18 de julho. Ele foi fonte de uma reportagem da rede BBC que acusava Blair de ter exagerado a ameaça iraquiana em um dossiê publicado em setembro para justificar a Guerra do Iraque.

Quatro meses após a derrubada de Saddam Hussein, nenhuma arma de destruição em massa foi encontrada no Iraque, levantando dúvidas sobre a justificativa de Washington e Londres para a ação militar.

Com agências internacionais

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