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11/09/2003
-
03h54
CÍNTIA CARDOSO
da Folha de S.Paulo, em Nova York
Dois anos depois dos ataques ao World Trade Center, Nova York realiza uma série de eventos para lembrar o ocorrido e homenagear a memória dos mortos.
Como em 2002, o evento oficial da cidade ocorre no Ponto Zero. Às 8h30, um minuto de silêncio marcará o início da cerimônia. Às 8h46, hora exata em que o primeiro avião atingiu a torre norte, outro minuto de silêncio. O ato será repetido outras três vezes para lembrar os horários exatos em que a torre sul foi atingida e também os momentos em que as torres desmoronaram. Os nomes de todas as vítimas serão lidos por 200 crianças.
Sinos de igrejas de todas as denominações, a pedido do atual prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, vão soar durante os momentos de silêncio.
Também numa igreja, só que numa cerimônia privada em Washington, o presidente George W. Bush fará um minuto de silêncio às 8h46. Ao contrário do ano passado, o presidente decidiu não ir a Nova York.
O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, também não irá ao evento no WTC por razões de segurança. Em nota divulgada ontem, Bloomberg informa que pediu que Cheney não fosse à cerimônia. "Como no ano passado, temos que garantir medidas essenciais de segurança. A presença do vice-presidente demandaria reforços extras", diz o texto.
A preocupação com a segurança é mais uma das cicatrizes deixadas pelos ataques. Tropas especiais da polícia vigiam pontos estratégicos da cidade.
A divulgação de uma suposta nova fita de Osama bin Laden, na qual ele afirma que "a verdadeira batalha ainda não começou", também contribuiu para aumentar o receio da população nova-iorquina.
Outro triste legado do 11 de Setembro é a busca contínua pela identificação das vítimas. Das 2.792 pessoas declaradas desaparecidas nos escombros do World Trade Center, 1.268 ainda não foram identificadas. 12.387 fragmentos de corpos também permanecem sem identificação.
Esse número tende a crescer. Na última quarta-feira, partes de ossos e de músculos humanos foram encontradas por operários em uma construção próxima do local onde as torres caíram. Segundo a polícia, há uma grande probabilidade de que os restos mortais pertençam a pessoas desaparecidas nos ataques. A confirmação, porém, só virá após a realização de testes de DNA.
Dança e reflexão
Mas nem só o luto marcará o aniversário dos ataques. O Hotel Regent, localizado nos arredores do que foi o World Trade Center, abre as portas para um baile. O salão é o mesmo que serviu como base para os bombeiros em 11 de setembro de 2001. A festa, que se estende por todo o dia, tem como objetivo promover reflexão e, ao mesmo tempo, desanuviar o clima da cidade.
O ex-prefeito de Nova York Rudolf Giuliani encoraja a retomada de um espírito mais festivo na cidade. "Claro que os nova-iorquinos ainda sofrem, mas não vejo motivos para medo. Hoje Nova York está mais segura do que antes dos ataques", disse.
Críticas à administração Bush também marcam a data. Hoje, ao entardecer, dois feixes de luz, simbolizando as torres, serão acesos no Ponto Zero. Ontem, no mesmo horário, a ONG 'Peaceful Tomorrows' fez uma marcha silenciosa rumo às ruínas das torres. O grupo criticou a política externa do governo e a discriminação contra as minorias islâmicas.
Em clima solene, Nova York lembra ataques
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da Folha de S.Paulo, em Nova York
Dois anos depois dos ataques ao World Trade Center, Nova York realiza uma série de eventos para lembrar o ocorrido e homenagear a memória dos mortos.
Como em 2002, o evento oficial da cidade ocorre no Ponto Zero. Às 8h30, um minuto de silêncio marcará o início da cerimônia. Às 8h46, hora exata em que o primeiro avião atingiu a torre norte, outro minuto de silêncio. O ato será repetido outras três vezes para lembrar os horários exatos em que a torre sul foi atingida e também os momentos em que as torres desmoronaram. Os nomes de todas as vítimas serão lidos por 200 crianças.
Sinos de igrejas de todas as denominações, a pedido do atual prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, vão soar durante os momentos de silêncio.
Também numa igreja, só que numa cerimônia privada em Washington, o presidente George W. Bush fará um minuto de silêncio às 8h46. Ao contrário do ano passado, o presidente decidiu não ir a Nova York.
O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, também não irá ao evento no WTC por razões de segurança. Em nota divulgada ontem, Bloomberg informa que pediu que Cheney não fosse à cerimônia. "Como no ano passado, temos que garantir medidas essenciais de segurança. A presença do vice-presidente demandaria reforços extras", diz o texto.
A preocupação com a segurança é mais uma das cicatrizes deixadas pelos ataques. Tropas especiais da polícia vigiam pontos estratégicos da cidade.
A divulgação de uma suposta nova fita de Osama bin Laden, na qual ele afirma que "a verdadeira batalha ainda não começou", também contribuiu para aumentar o receio da população nova-iorquina.
Outro triste legado do 11 de Setembro é a busca contínua pela identificação das vítimas. Das 2.792 pessoas declaradas desaparecidas nos escombros do World Trade Center, 1.268 ainda não foram identificadas. 12.387 fragmentos de corpos também permanecem sem identificação.
Esse número tende a crescer. Na última quarta-feira, partes de ossos e de músculos humanos foram encontradas por operários em uma construção próxima do local onde as torres caíram. Segundo a polícia, há uma grande probabilidade de que os restos mortais pertençam a pessoas desaparecidas nos ataques. A confirmação, porém, só virá após a realização de testes de DNA.
Dança e reflexão
Mas nem só o luto marcará o aniversário dos ataques. O Hotel Regent, localizado nos arredores do que foi o World Trade Center, abre as portas para um baile. O salão é o mesmo que serviu como base para os bombeiros em 11 de setembro de 2001. A festa, que se estende por todo o dia, tem como objetivo promover reflexão e, ao mesmo tempo, desanuviar o clima da cidade.
O ex-prefeito de Nova York Rudolf Giuliani encoraja a retomada de um espírito mais festivo na cidade. "Claro que os nova-iorquinos ainda sofrem, mas não vejo motivos para medo. Hoje Nova York está mais segura do que antes dos ataques", disse.
Críticas à administração Bush também marcam a data. Hoje, ao entardecer, dois feixes de luz, simbolizando as torres, serão acesos no Ponto Zero. Ontem, no mesmo horário, a ONG 'Peaceful Tomorrows' fez uma marcha silenciosa rumo às ruínas das torres. O grupo criticou a política externa do governo e a discriminação contra as minorias islâmicas.
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