Publicidade
Publicidade
Geórgia diz que relatório da UE sobre guerra prova provocação russa
Publicidade
da Folha Online
da Efe
O relatório da UE (União Europeia) divulgado nesta quarta-feira sobre o conflito entre Rússia e Geórgia, em agosto de 2008, ganhou elogios do governo georgiano e foi recebido com satisfação por Moscou.
"O documento não fala em nenhum momento que a Geórgia tenha provocado a guerra" ao atacar a região separatista da Ossétia do Sul, afirmou, em entrevista coletiva, o ministro da Reintegração georgiano, Temur Iakobashvili. Para o georgiano, o relatório demonstra que "o conflito na Ossétia do Sul não começou em 7 de agosto, mas muito antes", e que "foi o ponto alto das provocações cometidas pela Rússia e pelo regime separatista", disse.
O relatório, elaborado após um ano de investigação pela suíça Heidi Tagliavini e financiado pela UE, indica que foi a Geórgia que iniciou as hostilidades, mas em um contexto de tensão crescente provocada pela Rússia.
Segundo Iakobashvili, o relatório ressalta que a Rússia prestava há anos "ajuda econômica e militar aos separatistas", e que suas "tropas regulares estavam na Ossétia do Sul antes de 7 de agosto", quando, segundo a Geórgia, os ataques da Ossétia do Sul contra localidades georgianas da região obrigaram Tbilisi a entrar em ação.
Por outro lado, o ministro ressaltou que Tbilisi discorda de várias teses do relatório, como a que sustenta que não houve uma invasão maciça de tropas russas na Geórgia.
Rússia
O embaixador russo perante a União Europeia (UE), Vladimir Chizhov, também recebeu com satisfação o relatório independente das causas do conflito russo-georgiano, já que, conforme ele, "confirma a principal questão: quem começou a guerra e é responsável".
Para Chizhov, a diplomata suíça fez "muito bom trabalho" em um relatório que, para ele, não é "uma grande surpresa", porque "confirma o que os russos tinham avisado ao mundo em relação ao aumento das provocações do regime georgiano". Por isso, disse confiar em que "os países e líderes que duvidaram tenham agora uma posição clara" e em que "os que deram ajuda militar aos georgianos pensem duas vezes".
Ele afirmou que a resposta russa ao ataque georgiano "foi proporcional", já que, se houvesse enviado um número menor de soldados, "teria alongado as hostilidades".
Guerra
Tropas da Geórgia invadiram no dia 7 de agosto de 2008 a Ossétia do Sul, região separatista que declarou independência no começo dos anos 90, provocando a reação da Rússia, que apoia a secessão e mantém forças de paz na região.
Nos dias seguintes, a Rússia enviou tropas para a Ossétia, bombardeia o território georgiano e abre uma nova frente de conflito na região separatista de Abkházia, no noroeste da Geórgia. A guerra matou pelo menos 390 civis e no seu auge deixou mais de 100 mil desabrigados. Um pacto de cessar fogo não cumprido e tiroteios esporádicos mantêm vivo o risco de novo conflito.
O presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, diz que a Rússia estimulou o separatismo e invadiu antes de ele agir, uma acusação que Moscou refuta.
A Geórgia afirma que a invasão foi planejada como punição por sua posição pró-ocidental e por sua tentativa de entrar na aliança militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Com Efe
Leia mais sobre a Rússia
- Venezuela decide que acordos militares com a Rússia serão secretos
- Contrárias a sanções, China e Rússia admitem preocupação com plano nuclear do Irã
- EUA e Rússia negociam desnuclearização e pressionam Irã
Outras notícias internacionais
- EUA aguardam eleição no Iraque para acelerar retirada das tropas
- Tufão Ketsana deixa ao menos 52 mortos no Camboja e Vietnã
- Cruz Vermelha abriga 15 mil após tsunami que matou cem no Pacífico Sul
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice