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30/09/2009 - 15h48

Geórgia diz que relatório da UE sobre guerra prova provocação russa

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da Folha Online
da Efe

O relatório da UE (União Europeia) divulgado nesta quarta-feira sobre o conflito entre Rússia e Geórgia, em agosto de 2008, ganhou elogios do governo georgiano e foi recebido com satisfação por Moscou.

"O documento não fala em nenhum momento que a Geórgia tenha provocado a guerra" ao atacar a região separatista da Ossétia do Sul, afirmou, em entrevista coletiva, o ministro da Reintegração georgiano, Temur Iakobashvili. Para o georgiano, o relatório demonstra que "o conflito na Ossétia do Sul não começou em 7 de agosto, mas muito antes", e que "foi o ponto alto das provocações cometidas pela Rússia e pelo regime separatista", disse.

O relatório, elaborado após um ano de investigação pela suíça Heidi Tagliavini e financiado pela UE, indica que foi a Geórgia que iniciou as hostilidades, mas em um contexto de tensão crescente provocada pela Rússia.

Segundo Iakobashvili, o relatório ressalta que a Rússia prestava há anos "ajuda econômica e militar aos separatistas", e que suas "tropas regulares estavam na Ossétia do Sul antes de 7 de agosto", quando, segundo a Geórgia, os ataques da Ossétia do Sul contra localidades georgianas da região obrigaram Tbilisi a entrar em ação.

Por outro lado, o ministro ressaltou que Tbilisi discorda de várias teses do relatório, como a que sustenta que não houve uma invasão maciça de tropas russas na Geórgia.

Rússia

O embaixador russo perante a União Europeia (UE), Vladimir Chizhov, também recebeu com satisfação o relatório independente das causas do conflito russo-georgiano, já que, conforme ele, "confirma a principal questão: quem começou a guerra e é responsável".

Para Chizhov, a diplomata suíça fez "muito bom trabalho" em um relatório que, para ele, não é "uma grande surpresa", porque "confirma o que os russos tinham avisado ao mundo em relação ao aumento das provocações do regime georgiano". Por isso, disse confiar em que "os países e líderes que duvidaram tenham agora uma posição clara" e em que "os que deram ajuda militar aos georgianos pensem duas vezes".

Ele afirmou que a resposta russa ao ataque georgiano "foi proporcional", já que, se houvesse enviado um número menor de soldados, "teria alongado as hostilidades".

Guerra

Tropas da Geórgia invadiram no dia 7 de agosto de 2008 a Ossétia do Sul, região separatista que declarou independência no começo dos anos 90, provocando a reação da Rússia, que apoia a secessão e mantém forças de paz na região.

Nos dias seguintes, a Rússia enviou tropas para a Ossétia, bombardeia o território georgiano e abre uma nova frente de conflito na região separatista de Abkházia, no noroeste da Geórgia. A guerra matou pelo menos 390 civis e no seu auge deixou mais de 100 mil desabrigados. Um pacto de cessar fogo não cumprido e tiroteios esporádicos mantêm vivo o risco de novo conflito.

O presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, diz que a Rússia estimulou o separatismo e invadiu antes de ele agir, uma acusação que Moscou refuta.

A Geórgia afirma que a invasão foi planejada como punição por sua posição pró-ocidental e por sua tentativa de entrar na aliança militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Com Efe

 

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