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01/10/2009 - 14h33

EUA fazem ataque aéreo em Helmand; afegãos denunciam nove mortes

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da Folha Online

Tropas dos Estados Unidos realizaram um ataque aéreo nesta quarta-feira (30) a uma casa na Província de Helmand, região considerada bastião do movimento radical islâmico Taleban no sudoeste do Afeganistão. O Exército americano diz que as tropas reagiram a um ataque que partiu daquele imóvel, mas não informa quantos morreram no bombardeio.

O líder tribal Ghulam Mohammad Khan, ouvido pela agência de notícias Associated Press, disse que nove pessoas morreram na ação, sendo seis da mesma família --um fazendeiro, mulher dele e quatro filhos do casal-- e três hóspedes não identificados.

Oficiais militares britânicos na área afirmaram que estavam tentando confirmar também as mortes de duas mulheres e seis crianças na área.

A morte de civis tem causado atritos entre o presidente afegão, Hamid Karzai, e comandantes militares americanos. O comandante das forças dos EUA no Afeganistão, o general Stanley McChrystal, já restringiu o uso de ataques com aviões militares para não causar vítimas civis. "Nós devemos proteger os afegão de todas as ameaças do inimigo e de nossas ações", disse o general McChrystal, nesta quinta-feira em Londres. "Nós vamos fazer as coisas diferentes, mesmo que forem desconfortavelmente diferentes".

A missão internacional tem sido duramente criticada pelos bombardeios, como o do último dia 4, contra dois caminhões-tanque com combustível roubados pelos militantes do Taleban. Segundo uma comissão de investigação ordenada pelo governo afegão, o ataque aéreo matou 30 civis e 69 militantes.

A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que 1.500 civis afegãos faleceram nos primeiros oito meses de 2009, embora atribuiu a "elementos antigovernamentais" 68% dessas vítimas, frente a 23% às tropas internacionais e afegãs.

Em todo o ano passado, 2.118 civis morreram por causa do conflito, quase 40% mais que em 2007.

Com Associated Press e Efe

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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