Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/09/2003 - 10h17

Exército de Israel mata militante do Hamas em Gaza

Publicidade

da Folha Online

Forças israelenses mataram um militante do grupo extremista Hamas em um tiroteio na faixa de Gaza hoje, horas depois que o líder palestino Iasser Arafat disse que estaria pronto para lutar até a morte se Israel tentasse removê-lo ou matá-lo.

Soldados israelenses mataram Jihad Abu Swerah, 34, um líder do braço armado do Hamas durante uma incursão no campo de refugiados de Nusseirat, no centro de Gaza, quando as forças de Israel foram intensamente atacadas com granadas e armas automáticas.

Os sons de explosões detonadas contra forças israelenses ecoaram pelo campo. O combate foi o mais intenso na faixa de Gaza nos últimos meses.

Fontes militares israelenses disseram que soldados, apoiados por helicópteros, mataram o militante do Hamas depois que ele abriu fogo.

Testemunhas palestinas declararam que helicópteros lançaram mísseis contra a casa, mas as fontes israelenses negaram a declaração. Três soldados ficaram feridos no combate, segundo as fontes israelenses.

"Mártir"

Arafat disse ontem que estaria preparado para morrer como um "mártir" se tropas israelenses tentassem removê-lo ou assassiná-lo.

"Eu sou um soldado palestino. Eu vou usar minha arma para não apenas me defender mas também para defender cada criança, mulher e homem palestino e para defender a existência palestina", afirmou Arafat, em entrevista à agência de notícias Reuters, enquanto apontava para sua metralhadora.

"Morrer como mártir? Sim, há alguém nos territórios palestinos que não sonha morrer no martírio?", questionou Arafat, em seu quartel-general em Ramallah (Cisjordânia).

Arafat declarou que Israel desafiou os Estados Unidos e o resto do mundo ao decidir --após a morte de 15 israelenses em dois atentados suicidas na semana passada-- a "removê-lo" por considerá-lo um obstáculo para a paz.

Arafat disse que a decisão israelense provocou a manifestação de centenas de milhares de palestinos e árabes.

Trégua

Em entrevista ao Canal 2 da TV israelense, Arafaf ofereceu hoje a Israel uma nova trégua que seria dirigida por ele mesmo, depois que autoridades palestinas disseram que o grupo extremista Hamas afirmou que poderia concordar em parar com os ataques contra israelenses.

Arafat foi questionado se haveria a possibilidade de um cessar-fogo. "Claro", disse. "Vocês estão convidados. O anúncio foi feito ontem", declarou, referindo-se ao comentário de seu conselheiro de segurança, Jibril Rajoub.

Arafat propôs um cessar-fogo geral não somente aos grupos armados palestinos mas também a Israel, em um acordo que será dirigido por ele mesmo, e não como o anterior, que foi sugerido pelo ex-primeiro-ministro Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen).

Ameaça

O gabinete de segurança de Israel adotou na quinta-feira passada (11) a decisão de princípio de "livrar-se" de Arafat, que é considerado um "obstáculo à paz".

Nos últimos dias, milhares de pessoas foram às ruas da Cisjordânia, da faixa de Gaza e de muitos países árabes e islâmicos para expressar sua solidariedade com Arafat e protestar contra a decisão israelense.

Depois de muitos protestos, altos funcionários do governo descartaram a possibilidade de eliminação física do dirigente histórico palestino.

Com agências internacionais

Especial
  • Saiba mais sobre o conflito no Oriente Médio
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página