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18/09/2003 - 15h23

Ataque no Iraque feriu 2 soldados americanos, dizem EUA

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da Folha Online

Uma brigada militar norte-americana foi atacada hoje na estrada principal da região de Khaldiyah, 80 km ao oeste de Bagdá. Segundo um comunicado do Exército dos EUA em Bagdá, dois soldados norte-americanos ficaram feridos.

De acordo com rede de TV por satélite Al Arabiya, de Dubai (Emirados Árabes Unidos), porém, oito militares norte-americanos teriam morrido e outro estaria ferido. Até o momento, os EUA não confirmaram as baixas.

Dois soldados, que pertenciam à 82ª divisão aerotransportada, foram feridos num ataque com bomba e armas leves, declarou uma porta-voz do Exército americano. O ataque, no qual três veículos militares sofreram danos, ocorreu por volta das 15h (8h em Brasília).

Segundo relatos de testemunhas, o ataque, feito com explosivos, tinha por objetivo um veículo de transporte de tropas com dez soldados norte-americanos a bordo, que se incendiou, e pode ter causado a morte de até oito americanos.

A brigada foi atacada quando atravessava a cidade, na estrada que liga Fallujah a Ramadi.

Karim Al Ubeidi, correspondente da agência norte-americana Associated Press (AP), disse que não conseguiu aproximar-se o suficiente para verificar o número de baixas por ter sido alvo de três disparos de metralhadora de calibre 50 de um dos tanques norte-americanos. O correspondente disse ter visto um homem de 20 anos ferido por um tiro no peito.

Disparos

Um carro da AP foi alvo de disparos, quando um de seus repórteres tentou fotografar o comboio militar. Nenhum ocupante do veículo tinha sido ferido.

"Na hora em que peguei minha câmera para filmar um veículo militar em chamas, os americanos começaram a atirar", declarou Al Ubeidi.

"A sigla AP estava bem visível no veículo, mas eles atiraram assim mesmo", disse.

Segundo a agência, os disparos seriam uma tentativa dos militares norte-americanos de se protegeram até a chegada de reforços.

Após o incidente, as tropas dos EUA se retiraram e moradores saíram às ruas de Khaldiyah dançando, carregando um poster do ex-presidente Saddam Hussein em uniforme militar, disseram testemunhas. Disparando para o ar, cantavam: "Com nosso sangue, com nossas almas, nos sacrificamos por você, Saddam".

Ameaça

Ontem, a Al Arabiya divulgou uma nova fita de áudio atribuída Saddam.

Na gravação, Saddam pede aos iraquianos para manterem sua resistência às forças norte-americanas e manda um aviso aos EUA para que deixem o território iraquiano imediatamente. 'Peço que retirem seu Exército o quanto antes possível e sem quaisquer condições', diz a voz que supostamente pertenceria a Saddam.

"Oh povo iraquiano, eu estou dando a vocês boas notícias", diz a voz (rouca) da gravação. "A fadiga está corroendo o inimigo".

A voz da gravação acusa a administração americana de mentir sobre as armas de destruição em massa que Bagdá teria escondido. 'Eu digo a Bush [George W., presidente dos EUA] , em nome do povo iraquiano: você mentiu para si mesmo, para seu povo e para todo o mundo...Nosso objetivo não é matar mais filhos do povo da América, do reino Unido e qualquer outro lugar.'

"Se vocês quiserem negociar as modalidades da retirada... podem iniciar negociações com oficiais da liderança iraquiana que se encontram presos pelo Exército americano. Isso garantirá a segurança da retirada de seus soldados", afirma ainda a suposta voz de Saddam.

A rede de TV Al Arabiya exibiu uma foto de Saddam durante a divulgação do áudio, com duração de 20 minutos.

Outras gravações

No dia 1º, as TVs árabes Al Jazira, de Qatar, e a libanesa LBC divulgaram uma fita de áudio atribuída a Saddam.

Na gravação, ele negaria o envolvimento no atentado que matou o líder xiita Mohammed Baqir al Hakim --que morreu no mais violento atentado do pós-guerra iraquiano. Na gravação, a voz já pedia mais ataques contra as forças de ocupação, lideradas pelos Estados Unidos.

"Heróis, intensifiquem seus bravos e dolorosos ataques contra os ocupantes estrangeiros, de onde quer que venham e seja qual for sua nacionalidade", diz a voz atribuída a Saddam.

Com agências internacionais

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