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Argentina prende outro piloto de "voos da morte" da ditadura
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colaboração para a Folha Online
Outro piloto acusado de participar dos chamados "voos da morte" durante a ditadura militar argentina (1976-1983) foi preso, informaram nesta sexta-feira fontes da Justiça da Argentina.
O detido é o ex-capitão Emir Sisul Hess, 60, acusado de participar de voos nos quais as pessoas eram drogadas e atiradas de helicópteros ou aviões em rios ou no oceano Atlântico para se afogarem.
De acordo com fontes citadas pela agência oficial Telam, Hesse foi detido na terça-feira passada na cidade de Bariloche --no sul da Argentina-- e deve comparecer nesta sexta-feira perante o juiz Sergio Torres.
O ex-piloto naval é investigado pela suposta participação em 900 "voos da morte" entre 1976 e 1977. Ele abandonou o Exército argentino em 1991.
No último dia 22, autoridades espanholas prenderam o piloto da companhia aérea holandesa Transavia, o ex-tenente de fragata Julio Alberto Poch, 57, sob acusações de que ele também pilotou os "voos da morte" para o governo argentino durante o regime militar. A Argentina já pediu sua extradição.
Um relatório do governo argentino diz que mais de 11 mil pessoas morreram ou desapareceram durante a chamada "Guerra Suja", um confronto entre esquerdistas e outros opositores ao regime militar que vigorou no país.
Com France Presse e Efe
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