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23/09/2003
-
16h37
da France Presse, em Buenos Aires
A Justiça argentina deteve na noite de ontem o ex-chefe do Terceiro Corpo do Exército, Luciano Benjamín Menéndez, acusado de privação ilegítima da liberdade, torturas e homicídio na Província de Córdoba (centro) durante o último regime militar (1976-83), informaram fontes judiciais.
A juíza Cristina Garzón de Lascano, de Córdoba, emitiu também uma ordem de detenção contra outros quatro militares e um civil, como parte de uma ação penal solicitada pela promotora Graciela López de Filoñuk, segundo o jornal cordobês "La Voz del Interior".
Além do ex-dirigente do regime militar, a lista inclui os militares da reserva César Anadón, Luis Alberto Manzanelli, Carlos Díaz e Oreste Padován, e Ricardo Lardone, que trabalhou no departamento civil de inteligência do Exército durante o regime militar.
Todos são acusados de crimes de "privação ilegítima da liberdade agravada, torturas agravadas e homicídio agravado por calúnia".
A ordem se encaixa num processo pelo desaparecimento de Osvaldo Raúl Cardozo, Humberto Horacio Brandalisis, Carlos Enrique Lajas e Ilda Flora Palacios, que estiveram detidos em La Perla, um centro clandestino de detenção de opositores ao oeste da cidade de Córdoba (700 km ao norte).
Segundo o depoimento de sobreviventes, os quatro foram vistos em La Perla, mas de acordo com a história oficial, no dia 15 de dezembro de 1977 teriam sido assassinados num suposto "confronto" com forças de segurança, durante a gestão de Menéndez como chefe do Terceiro Corpo.
"Sinto alegria e ódio ao mesmo tempo. Alegria por saber que [ Menéndez] está preso e tristeza e ódio por reviver este episódio", disse hoje Silvia Lajas, irmã de um dos desaparecidos, em declarações à imprensa.
Ex-chefe do regime militar Luciano Menéndez é detido na Argentina
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A Justiça argentina deteve na noite de ontem o ex-chefe do Terceiro Corpo do Exército, Luciano Benjamín Menéndez, acusado de privação ilegítima da liberdade, torturas e homicídio na Província de Córdoba (centro) durante o último regime militar (1976-83), informaram fontes judiciais.
A juíza Cristina Garzón de Lascano, de Córdoba, emitiu também uma ordem de detenção contra outros quatro militares e um civil, como parte de uma ação penal solicitada pela promotora Graciela López de Filoñuk, segundo o jornal cordobês "La Voz del Interior".
Além do ex-dirigente do regime militar, a lista inclui os militares da reserva César Anadón, Luis Alberto Manzanelli, Carlos Díaz e Oreste Padován, e Ricardo Lardone, que trabalhou no departamento civil de inteligência do Exército durante o regime militar.
Todos são acusados de crimes de "privação ilegítima da liberdade agravada, torturas agravadas e homicídio agravado por calúnia".
A ordem se encaixa num processo pelo desaparecimento de Osvaldo Raúl Cardozo, Humberto Horacio Brandalisis, Carlos Enrique Lajas e Ilda Flora Palacios, que estiveram detidos em La Perla, um centro clandestino de detenção de opositores ao oeste da cidade de Córdoba (700 km ao norte).
Segundo o depoimento de sobreviventes, os quatro foram vistos em La Perla, mas de acordo com a história oficial, no dia 15 de dezembro de 1977 teriam sido assassinados num suposto "confronto" com forças de segurança, durante a gestão de Menéndez como chefe do Terceiro Corpo.
"Sinto alegria e ódio ao mesmo tempo. Alegria por saber que [ Menéndez] está preso e tristeza e ódio por reviver este episódio", disse hoje Silvia Lajas, irmã de um dos desaparecidos, em declarações à imprensa.
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