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23/09/2003 - 17h31

Regras de referendo devem ser apresentadas em breve na Venezuela

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da France Presse, em Caracas (Venezuela)

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Francisco Carrasquero, disse hoje que o regulamento do referendo sobre o mandato do presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciado oficialmente no dia 12 de setembro, estará pronto "antes de sexta-feira (26)".

Carrasquero anunciou também a aprovação de um crédito no valor de US$ 51,25 milhões (82 bilhões de bolívares, ou R$ 149 milhões) para financiar a possível onda de plebiscitos na Venezuela.

O atraso no regulamento do referendo mantém a oposição temerosa de qualquer adiamento do calendário eleitoral.

O dirigente da Coordenadora Democrática (partidos e grupos civis opostos a Chávez), Américo Martín, disse hoje que o prazo seria até janeiro, 90 dias depois da coleta das assinaturas para tornar possível o referendo contra o presidente (20% dos 12 milhões de eleitores).

Reuters - 15.dez.2002
Hugo Chávez, presidente da Venezuela
O presidente do conservador partido Projeto Venezuela, Jorge Sucre, afirmou: "o país não pode esperar dias. Estamos sob uma panela de pressão e a válvula é o referendo constitucional".

Em meio à polêmica, uma pesquisa da Datanálisis afirma que se mantém em 67% a intenção dos venezuelanos de revogar o presidente Chávez, embora ele tenha recuperado 5% nos índices de popularidade ao passar de 31% a 36% entre julho e setembro.

Campanha internacional

A oposição, que afirma que Chávez tenta burlar o referendo, mobiliza também uma campanha internacional.

O secretário-geral da Central de Trabalhadores da Venezuela (CTV), Manuel Cova, disse ontem no Panamá que, se Chávez se sair bem no referendo, "será preciso respeitá-lo porque é a vontade do povo e a vontade do povo é a de Deus", acrescentando que a oposição espera que a consulta seja convocada antes de janeiro do próximo ano.

O presidente Chávez, por sua vez, voltou ao ataque em seu programa radiofônico dominical, chamando de "manipuladores" e "embusteiros" os chefes da Igreja Católica que criticaram abertamente seu governo em um texto divulgado nas igrejas do país.

Os religiosos não responderam ao presidente.

A temperatura subiu desde a madrugada de sexta-feira (19), quando uma bomba foi lançada no Palácio Blanco, que abriga a administração e a guarda de honra do Exército, que protege os presidentes venezuelanos.

Chávez afirmou que o atentado "terrorista" terá a "resposta" que cabe por parte da segurança do Estado.

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