Publicidade
Publicidade
29/09/2003
-
03h13
da Folha de S.Paulo
Quatro meses de trabalho e a análise de 19 volumes de documentos confidenciais usados como base da acusação, pelo governo americano, de que o Iraque possuía armas de destruição em massa levaram uma comissão de inteligência do Congresso dos EUA a concluir que a defesa da guerra foi feita com base em informações "circunstanciais", "repletas de incertezas", e que há "falta de conexão entre as declarações públicas [do governo] e a inteligência em que se baseiam".
O jornal "The Washington Post" e a agência Reuters divulgaram ontem trechos de uma carta enviada nesta semana por dois membros da Comissão Permanente de Inteligência da Câmara ao diretor da CIA, George Tenet, na qual é questionada a precisão das informações sobre o Iraque.
A comissão é dirigida pelo republicano (governista) Porter J. Goss, ex-agente da CIA. Ele e a democrata (oposicionista) Jane Harman assinam o texto, cujo teor não foi votado pela junta.
O documento diz que há "deficiências significativas" nas informações usadas pelo governo e que este se baseou em avaliações anteriores a 1998, quando os inspetores da ONU deixaram o Iraque, e em "dados fragmentados" --ambos os quais "não foram questionados como de praxe". O porta-voz da CIA, Bill Harlow, chamou a acusação de "absurda".
A carta também diz não haver certeza da ligação de Bagdá à Al Qaeda, a rede terrorista responsável pelo 11 de Setembro.
Após a divulgação da carta, Condoleezza Rice, conselheira de segurança nacional, defendeu a existência de "dados novos de inteligência" que endossariam as acusações sobre o suposto arsenal. O secretário de Estado, Colin Powell, disse: "Temos todas as razões para crer que havia armas de destruição em massa. Não temos do que nos arrepender."
A suposta manutenção por Bagdá de um programa de armas de destruição em massa que existia antes da Guerra do Golfo (1991) foi a principal bandeira empunhada pelos EUA e pelo Reino Unido na defesa da guerra.
Com a popularidade em baixa, o premiê britânico, Tony Blair, também defendeu a guerra e a existência do suposto arsenal.
"Não peço desculpas pelo Iraque e tenho orgulho do que fizemos", declarou à rede BBC. "Sabemos perfeitamente que ele [Saddam] mantinha as armas."
Com agências internacionais
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
Congresso dos EUA vê falhas em dados sobre armas
Publicidade
Quatro meses de trabalho e a análise de 19 volumes de documentos confidenciais usados como base da acusação, pelo governo americano, de que o Iraque possuía armas de destruição em massa levaram uma comissão de inteligência do Congresso dos EUA a concluir que a defesa da guerra foi feita com base em informações "circunstanciais", "repletas de incertezas", e que há "falta de conexão entre as declarações públicas [do governo] e a inteligência em que se baseiam".
O jornal "The Washington Post" e a agência Reuters divulgaram ontem trechos de uma carta enviada nesta semana por dois membros da Comissão Permanente de Inteligência da Câmara ao diretor da CIA, George Tenet, na qual é questionada a precisão das informações sobre o Iraque.
A comissão é dirigida pelo republicano (governista) Porter J. Goss, ex-agente da CIA. Ele e a democrata (oposicionista) Jane Harman assinam o texto, cujo teor não foi votado pela junta.
O documento diz que há "deficiências significativas" nas informações usadas pelo governo e que este se baseou em avaliações anteriores a 1998, quando os inspetores da ONU deixaram o Iraque, e em "dados fragmentados" --ambos os quais "não foram questionados como de praxe". O porta-voz da CIA, Bill Harlow, chamou a acusação de "absurda".
A carta também diz não haver certeza da ligação de Bagdá à Al Qaeda, a rede terrorista responsável pelo 11 de Setembro.
Após a divulgação da carta, Condoleezza Rice, conselheira de segurança nacional, defendeu a existência de "dados novos de inteligência" que endossariam as acusações sobre o suposto arsenal. O secretário de Estado, Colin Powell, disse: "Temos todas as razões para crer que havia armas de destruição em massa. Não temos do que nos arrepender."
A suposta manutenção por Bagdá de um programa de armas de destruição em massa que existia antes da Guerra do Golfo (1991) foi a principal bandeira empunhada pelos EUA e pelo Reino Unido na defesa da guerra.
Com a popularidade em baixa, o premiê britânico, Tony Blair, também defendeu a guerra e a existência do suposto arsenal.
"Não peço desculpas pelo Iraque e tenho orgulho do que fizemos", declarou à rede BBC. "Sabemos perfeitamente que ele [Saddam] mantinha as armas."
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice