Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/08/2000 - 09h47

Parentes de marinheiros presos em submarino temem o pior

Publicidade

da Reuters
em Murmansk (Rússia)

Os familiares dos marinheiros presos no submarino russo acidentado estão achando difícil conviver com o temor de que nunca mais voltarão a ver seus filhos, maridos e irmãos.

"Eles estão nos dizendo para aguentarmos firme. É claro que estamos aguentando, cada pessoa se conforta como pode, mas basta ligar a televisão para recomeçar tudo de novo", disse ao jornal "Polyarnaya", Galina Belogun, esposa de um oficial do Kursk.

"Não estamos mais conseguindo assistir aos noticiários, que contam que nossos homens estão morrendo. É insuportável", disse ela.

Belogun disse que seu marido é engenheiro no Kursk e que ela e outros familiares de tripulantes se reuniram com a marinha na segunda-feira (14) para descobrir o que estava acontecendo. Ela criticou a marinha por não fazer o suficiente.

"Eles não nos disseram nada de concreto nessa reunião. Fizemos perguntas concretas e eles pretendem nos reunir novamente, mas acho que não vão nos dar respostas", disse.

"Pedi que digam oficialmente se meu marido está vivo ou não, e em que setores do submarino estão os homens, mas eles não puderam nos responder naquele momento", contou Belogun.

Muitos parentes dos tripulantes do Kursk já estão reunidos em um navio-hospital especial ancorado no porto de Severomorsk, perto de Murmansk, prontos para cuidar dos homens se e quando eles forem retirados do mar.

Severomorsk é a base da Frota do Norte russa, da qual o Kursk faz parte, e fica fechada a todos, menos a seus habitantes e a pessoas especialmente autorizadas a entrar na cidade.

Belogun disse que espera que os serviços de resgate consigam retirar os tripulantes do submarino, mas que tem idéia clara das dificuldades que enfrentam.

"Acho que a própria Frota do Norte vai resolver a situação por conta própria", disse. "O único problema é que a reserva de oxigênio no submarino dura apenas 72 horas, se não houver eletricidade."



Leia mais sobre o acidente com o submarino russo

Leia mais notícias da Reuters na Folha Online

Leia mais notícias internacionais na Folha Online

  • Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página