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30/09/2003 - 21h21

EUA já prendera três suspeitos de espionagem em Guantánamo

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da France Presse, em Washington

A investigação sobre assuntos de espionagem na base americana de Gunatánamo (Cuba) ampliou-se hoje com a detenção de uma terceira pessoa, um tradutor de árabe que trabalhava na base naval, onde estão presos supostos membros da rede terrorista Al Qaeda. Ele foi detido durante uma inspeção de rotina no aeroporto Logan de Boston (nordeste dos EUA) sob a acusação de possuir informação secreta.

Identificado como Ahmed Mehalba, foi acusado hoje de falso testemunho por um juiz federal de Boston. O promotor de Boston pediu que Mehalba, originário do Egito, permaneça detido até o início de seu julgamento.

A fonte não especificou se a detenção de Mehalba era vinculada às de dois outros supostos espiões em Guantánamo. Segundo um comunicado do Ministério de Segurança Interna, ele foi preso por agentes da Alfândega.

"Os agentes da Alfândega encontraram um salvo-conduto militar, que especificava que Mehalba era tradutor contratado na base militar de Guantánamo", diz o texto.

"Ao começarem a revista, encontraram discos compactos na sua bagagem. Pelo menos um deles parece conter informações 'classificadas'" como segredos de Defesa, acrescentou o comunicado.

Mehalba foi levado ao juiz do tribunal federal de Boston na tarde de hoje.

Outros casos

Dois militares americanos já foram presos por espionagem, nos dias 23 de julho e 10 de setembro.

O primeiro deles, o tradutor Ahmed Al Halabi, foi acusado de espionagem, ajuda ao inimigo, desrespeito às ordens, fraude bancária e falso testemunho.

Segundo a acusação, Al Halabi enviou informações à Síria, principalmente com nomes de prisioneiros, e seu próprio computador continha 180 notícias confidenciais que deveriam ser transmitidas a Damasco.

O segundo, o capitão James Yee, capelão militar muçulmano, foi preso no dia 10 de setembro com um mapa detalhado da base de Guantánamo. O capitão de origem chinesa diplomado de West Point, a escola militar mais prestigiada dos Estados Unidos, não foi acusado formalmente até o momento.

O Ministério americano da Defesa informou que ainda não havia estabelecido ligações entre os dois supostos espiões, além deles terem trabalhado na base no mesmo período.

O Pentágono afirmou que estava investigando pelo menos dois outros militares, que podem ser responsáveis pelo vazamento de informações secretas comprometedoras para a segurança nacional.

Os Estados Unidos evocaram um eventual envolvimento da Síria nestas atividades de espionagem, mas se negaram por enquanto a formular acusações diretas contra Damasco.

Cerca de 660 pessoas de 42 países, capturadas em maioria no Afeganistão, estão atualmente presas em Guantánamo, base militar americana a sudeste de Cuba.

Vários tradutores de inglês-árabe trabalharam no centro de detenção para se comunicarem com os presos e servir de intérpretes durante os interrogatórios.
 

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