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"Times" diz que Itália subornou Taleban no Afeganistão; governo nega
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da Folha Online
O governo italiano negou nesta quinta-feira uma reportagem do jornal britânico "Times" que afirma que o país subornou comandantes do grupo militante Taleban e combatentes afegãos para evitar ataques e combates na região de Sarobi, a leste de Cabul, enquanto forças italianas estavam posicionadas no local.
Segundo o "Times", que cita um oficial militar ocidental não identificado, o serviço secreto italiano pagou dezenas de milhares de dólares aos insurgentes. A fonte no alto escalão da inteligência ocidental chama a conduta italiana de "desgraça absoluta" e diz que os italianos tem muita coisa para explicar.
A tática, afirma o jornal, colocou em risco as tropas francesas que, sem conhecimento dos pagamentos, assumiram a segurança da região com pouca munição e preparo.
No mês em que assumiram o comando regional, em 18 de agosto de 2008, os franceses foram surpreendidos por uma emboscada dos insurgentes, que matou dez soldados --o mais violento ataque contra forças ocidentais em mais de três anos. O ataque, que também deixou 21 feridos, chocou os franceses que pressionaram o governo para explicar como as tropas foram pegas em uma emboscada destas.
A secretaria do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, negou as acusações e citou diversos ataques às tropas italianas na primeira metade de 2008 como prova de que o país não pagou nada a ninguém --entre eles um ataque em 13 de fevereiro do ano passado no distrito de Surobi no qual morreu o subtenente Francesco Pezzulo.
"O governo de Berlusconi nunca autorizou ou permitiu qualquer forma de pagamento em dinheiro em favor de membros do Taleban no Afeganistão, e não está ciente de iniciativas similares do governo anterior", afirmou em comunicado.
O comunicado lembra ainda que o trabalho das forças italianas no Afeganistão, em especial no distrito de Surobi, foi reconhecida pelo general americano David Mckierman, então comandante das forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão.
Em Cabul, um porta-voz americano da Otan no Afeganistão também negou as acusações. "Nós não subornamos", disse Wayne Shanks. "Nós não pagamos os insurgentes."
O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, classificou a reportagem do "Times" de "lixo" e "ofensiva" e afirmou que determinou à sua equipe que prepare um processo contra o jornal.
"Considero odioso que um jornal que está atuando com um sentimento de ainti-italianismo tenha dado uma notícia sem verificá-la. Não faz jus ao jornal", disse, acrescentando que a acusação é uma ofensa aos militares italianos mortos no conflito.
A Itália negou também a informação divulgada pelo "Times" de que o embaixador dos Estados Unidos tenha apresentado queixa formal após descobrir, por meio de conversas telefônicas grampeadas, que os italianos têm comprado militantes na Província de Herat, no extremo oeste.
A Itália tem cerca de 2.800 militares em Herat e na capital Cabul. Ao todo, 21 militares italianos morreram no conflito, incluindo um soldado morto em um acidente na estrada nesta quinta-feira.
Com Associated Press, Reuters e Efe
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O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
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