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19/10/2009 - 08h38

Comandante dos EUA vai ao Paquistão em meio a batalha contra Taleban

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da Efe, em Islamabad (Paquistão)
da Folha Online

O general David Petraeus, chefe do Comando Central Conjunto dos Estados Unidos, se reuniu nesta segunda-feira com o primeiro-ministro do Paquistão, Yousuf Raza Gillani, para discutir a relação entre os dois países em plena ofensiva do Exército paquistanês --impulsionada pelos EUA-- contra os militantes do Taleban na fronteira afegã.

Gillani afirmou que existe um "deficit de confiança" entre ambos os países e pediu trabalho conjunto para superá-lo. Ele destacou ainda os sacrifícios de seu Exército na luta contra o terrorismo no país, informou seu escritório em comunicado.

Gillani --que pediu assistência à comunidade internacional para a reconstrução das áreas afetadas pelos combates contra a insurgência-- garantiu a Petraeus que seu governo apoia a ação militar das tropas paquistanesas.

O general Petraeus disse que os Estados Unidos "reconhecem os sacrifícios do Paquistão" na luta contra o terrorismo.

No começo do ano, o presidente Barack Obama anunciou a expansão da guerra contra o Taleban do Afeganistão para as fronteiras paquistanesas, onde o grupo refugia-se da ofensiva das tropas internacionais. Na semana passada, ele promulgou uma lei que concede US$ 7,5 bilhões em ajuda não militar ao Paquistão pelos próximos cinco anos, uma medida criticada pelos militares paquistaneses como intromissão nos assuntos internos do país.

A visita ocorre no momento no qual o Exército paquistanês lança uma ofensiva contra o principal reduto dos talebans paquistaneses, na demarcação tribal do Waziristão do Sul (noroeste). A ofensiva segue uma onda de atentados por todo o país que deixou quase 200 mortos em 12 dias.

Em abril deste ano, militantes foram forçados a se mover para uma área a cem quilômetros de Islamabad depois que forças de segurança lançaram uma ofensiva no vale de Swat, ao noroeste da capital, fazendo com que integrantes do grupo radical islâmico Taleban deixassem a área.

Em junho, o Exército lançou uma ampla ofensiva, utilizando artilharia e ataques aéreos e bloqueando algumas áreas para desarticular os insurgentes. Militantes sofreram outra derrota em agosto desse ano quando Baitullah Mehsud, o líder do Taleban no Paquistão, foi morto pela CIA (inteligência americana) em um ataque aéreo ocorrido no Waziristão do Sul.

Mais de 1.700 fundamentalistas e cerca de 200 soldados perderam a vida na operação do Exército paquistanês desde finais de abril, segundo dados militares que carecem de comprovação independente.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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